Cinco empresas portuguesas estão entre as onze construtoras mobilizadas pelo ministério da Construção para apoiar o Governo Provincial de Luanda (GPL) na megacampanha de limpeza lançada esta segunda-feira para tratar das toneladas de lixo acumuladas nos últimos meses.
Segundo um documento a que a Lusa teve acesso, das 21 empresas mobilizadas pelo governo angolano, onze confirmaram a sua disponibilidade, entre as quais as portuguesas Tecnovia, Mota Engil, Casais, Elevo (resultante da fusão da Edifer, Monte Adriano, Hagen e Eusébios), e Conduril, que iniciaram ontem a jornada.
Também a Omatapalo, de origem portuguesa, que iniciou a sua atividade na cidade do Lubango, está no grupo de empresas participantes, bem como as angolanas Engevia, Carmon e Griner (que comprou reentemente a Sacyr Somague Angola) e o grupo chinês China Harbour Engineering Company (CHEC).
Da lista faz igualmente parte a brasileira Queiroz Galvão, uma das seis operadoras com quem o governo suspendeu, em dezembro, os contratos para a recolha do lixo na capital angolana por incapacidade para pagar uma dívida acumulada superior a 300 milhões de euros.
A decisão levou a um acumular de detritos em Luanda ao longo dos últimos meses, com consequências ambientais e riscos para a saúde pública que o governo já reconheceu.
Em fevereiro, o GPL selecionou sete empresas, entre 39 candidatos que concorreram ao concurso público, para a recolha do lixo, mas o problema não está ainda resolvido.
No sábado, o Governo anunciou o lançamento de uma megacampanha de limpeza com envolvimento de empresas privadas, que vão participar de forma voluntária, e efetivos das Forças Armadas, para apoiar os operadores selecionados por concurso.