António Luciano, de 28 anos, se define como um jovem sonhador, proativo e criador de soluções, que gosta de se envolver em vários projetos.
É CEO e fundador da marca de roupa “The Bantu,” criada em 2016 na Rússia, e da Empresa de Prestação de Serviços em Tecnologia de Informação em Angola (LCE Bantu Tecnologia). É ex-bolseiro do INAGBE (Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo) e co-escritor do livro “O Bolseiro: a vida de um sonhador”. Já foi gestor do Projeto Neurokids Angola, e agora está a fazer mestrado no Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL), Brasil.
Embora algumas pessoas tenham conseguido um emprego em Angola apenas com a formação no exterior, isso não foi o que aconteceu com Luciano.
“Voltar da Rússia foi um pesadelo para mim. Eu sonhei com uma coisa e acabou acontecendo outra”.
Luciano voltou da Rússia em 2016 e entrou em depressão após várias tentativas fracassadas de conseguir o primeiro emprego. Embora ele tivesse passado em vários testes de empresas de telecomunicações, não conseguiu nenhum emprego. Nem mesmo com a influência da mãe e do primo, o cantor Yuri da Cunha. Depois do desespero, Luciano deu a volta por cima e abriu a sua própria empresa.
“Eu sou daquelas pessoas que acredita na possibilidade de se fazer as coisas. Nós podemos só ter o desejo de querer ser empregado, mas também podemos criar possibilidades e empregarmos outras pessoas. Não é fácil, mas também não é impossível”.
Dificuldades de empreender em Angola
António Luciano criticou a falta de políticas do governo para beneficiar os empresários tanto para abrir empresas como para ter acesso à compra de equipamentos com um preço justo.
“Devia se criar mais políticas para termos um mercado aberto. O mercado de investimento em Angola não é saudável para quem quer começar”.