Disse-o, ontem, em conferência de imprensa, que serviu para explicar com mais pormenores o motivo que forçou a sua saída do grupo parlamentar da UNITA, a sua continuidade na Assembleia Nacional, e o seu futuro político
David Mendes, que anunciou ruptura com a UNITA, no pretérito dia 29, por falta de solidariedade para consigo, por parte da direcção daquele partido, devido às ameaças de morte de que foi alvo, descartou a possibilidade de ingressar no MPLA ou num outro partido.
O deputado sofreu ameaças de morte, no dia 26 de Outubro, feitas num vídeo, e protagonizadas por um grupo de jovens ligados a esta força política, retomado na página oficial da UNITA-Bruxelas e partilhado por muitos militantes.
No encontro com os jornalistas, o deputado, depois de reiterar o que disse há nove dias, confirmou ter remetido a sua carta de desvinculação nesta Terça-feira, 3, ao presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos Informou que caberá ao presidente da Assembleia Nacional remeter uma cópia da carta ao grupo parlamentar da UNITA, numa clara alusão à reivindicação feita pela sua vice-presidente, Navita Ngolo, que alegou não ter recebido nenhuma missiva do deputado a anunciar o seu auto-afastamento.
David Mendes acusou ontem, Adalberto da Costa Júnior, de ser o financiador de campanhas de agitação realizadas nas redes sociais. Questionado sobre se provas sobre a acusação a Adalberto da Costa Júnior, lembrou que é advogado e sabe que não pode acusar sem provas.
“Se eu disser que a manifestação do dia 24 (de outubro), a manifestação do dia 11 (de novembro), a manifestação do dia 4 de fevereiro é programada é porque eu tenho provas, porque eu faço parte do mesmo clube, das pessoas contactadas para fazer a reviravolta”, disse David Mendes, garantindo que faz parte do clube restrito, sem querer citar o nome de outros integrantes.
O advogado afirmou que não vai abandonar o parlamento e passará a agir como deputado não inscrito em nenhuma bancada parlamentar, em respeito às pessoas que o elegeram, fruto do trabalho eleitoral que fez pela UNITA.
Texto do OPAIS
