O julgamento do estudante angolano em Cuba, Armindo Leitão Jeremias, suspeito de ter assassinado o seu ex-professor naquele país caribenho, começa esta sexta-feira, 11, em Havana.
O estudante angolano bolseiro, de 28 anos, detido desde Setembro último, é suspeito de ter assassinado um amigo e ex-professor com quem mantinha uma relação de compra e venda de moeda.
O jovem foi detido dois dias antes de o primeiro grupo de estudantes angolanos regressarem ao país, em Setembro do ano passado, e também fazia parte da lista, depois de terminar a sua licenciatura, sob responsabilidade do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE).
Entretanto, o Conselho Directivo da Associação dos ex-Estudantes Angolanos em Cuba “Caimaneros”, em nota a que a ANGOP teve acesso, esclarece que a vítima não era professor, mas fiel de armazém da Faculdade de Tecnologia da Saúde, da Universidade de Ciências Médicas de Havana.
Armindo Jeremias, finalista do curso superior de Sistema de Informação de Saúde, foi preso na sua residência depois de as autoridades cubanas suspeitarem ter sido ele o assassino do seu ex-professor de matemática, no 3º ano da sua licenciatura.
O estudante conta já com o acompanhamento da Embaixada de Angola em Cuba.
Além deste caso, “outro estudante está, igualmente, a responder na justiça cubana, acusado de subtracção, de forma fraudulenta, de 1.3 milhões de dólares do Banco Central de Cuba”.
Sobre este caso, o Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), Milton Chivela, adiantou que o estudante em causa, supostamente, usou as fragilidades informáticas do sistema bancário cubano para a concretização da acção criminosa.
Angola conta com aproximadamente dois mil e 200 bolseiros a estudarem, em diversas universidades e institutos superiores em Cuba, país com o qual mantém relações políticas e diplomáticas desde a década de 70.