O islamismo em Angola tem vindo a passar nos últimos quatro anos por uma expansão descrita em qualificadas análises sobre o assunto como “mais vigorosa” do que anteriormente. EUA suspeitam que parte dos lucros gerados pela actividade económica dos muçulmanos em Angola pode estar a ser canalizada para organizações implicadas no terrorismo internacional
Segundo à Newsletter África Monitor, o fenómeno é remetido para “um ambiente mais permissivo”, entre outras razões devido a uma atitude de maior indiferença das autoridades.
De acordo com a fonte, a população islamita de Angola está a aproximar-se de um milhão. Os angolanos nativos, convertidos à religião ou já educados nela, ainda são minoritários, em comparação com os muçulmanos oriundos de países islamizados do Médio Oriente e do OE de África, (muitos dos quais já angolanos e com descendentes). Estima-se, porém, que uma paridade entre os dois grupos da comunidade se estabelecerá “em breve”.
A expansão do islamismo, ilustrada em “factos de observação simples”, como a proliferação de mesquitas e madrassas no território, é especialmente favorecida por factores como o poder económico dos empresários ligados à comunidade, gerador de influências sociais e políticas (rumores de querem criar um partido político).
A “islamização de Angola”, como o fenómeno é conhecido, é especialmente acompanhada pelos EUA. Entre as razões de tal atenção avulta a suspeita de que parte dos lucros gerados pela actividade económica dos muçulmanos no país pode estar a ser canalizada para organizações implicadas no terrorismo internacional.
A venda de dólares a bancos angolanos foi suspensa em Novembro de 2015 por decisão da Reserva Federal dos EUA, perante evidências de violação sistemática de regras de regulação e compliance do sector e suspeitas de que dólares vendidos a Angola tinham como destino final organizações terroristas como o ISIS e o Hezbollah.