As Missões diplomáticas angolanas transformaram-se num ninho de incompetentes, num esconderijo de dirigentes em fim de carreira política e governativa, onde militares e generais são promovidos à cargos de embaixadores, de cônsules gerais, de adidos, em vez de se dar espaço e promover jovens qualificados para darem uma dinâmica diferente à nossa diplomacia que há décadas não tem pernas para andar, por falta de diplomatas competentes e estrategas, capazes de criarem projectos de vários níveis e âmbitos a favor da Nação.
A diplomacia sendo um instrumento da política internacional, é necessário que todo o diplomata seja preparado e especializado em técnicas de mediação e de negociação, mas o que se vê no MIREX é uma desorganização imisurável, não há programas de mandato, nem projectos de como melhorar o funcionamento das nossas embaixadas e consulados.
A falta de conhecimento por falta dos nossos agentes diplomáticos não permite e não contribui para o crescimento e desenvolvimento da nossa política externa, como se não bastasse a arrogância dos diplomatas angolanos é tão grande quanto a incompetência que carregam consigo mesmo, vejam o que fez a diplomata Stela Santiago a Cônsul Geral de Angola no São Paulo – Brasil, além de incompetente é muito arrogante, expulsou uma funcionária do recrutamento central pelo simples facto de não ter gostado da roupa que ela usou, gritou com a funcionária, lhe ofendeu moralmente, disse-lhe em frente de todos os funcionários que estava vestida como se estivesse a ir num boldel, e essa mesma funcionária foi obrigada pela Cônsul a fazer trabalhos fora, depois de um mês de gestação em plena fase de covid-19 no Brasil, o que fez com que ela fosse contaminada, por conseguência ela contaminou o seu bebé de apenas um mês de vida e o seu marido, todos ficaram contaminados, e a Sra. Cônsul nem sequer procurou saber como ela estava.
O MIREX perdeu o controle total dos seus funcionários diplomáticos, nunca houve ordem no MIREX, agora a situação está muito pior, os nossos embaixadores e cônsules estão mais preocupados em delapidar os cofres do Estado através da técnica e prática da sobrefacturação, não estão nem aí se o País está se afundando na crise econômico-financeira, até diplomatas em fim de missão com ordens de regressar em Angola não querem regressar, querem mudar-se pra um outro País, isso é sinal de que a Administração do MIREX é incapaz não somente de criar mecanismos que possam pôr ordem nas nossas embaixadas, como também mostra-se desorientada (por ser constituída por dirigentes sem estratégias), não têm capacidades projectual nem preparação de alto nível para colocarem em prática programas de reformas eficazes.
O MIREX e as embaixadas angolanas funcionam assim: pouco trabalho e muita arrogância, vejam o Embaixador Narciso do Espírito Santo no Consulado Geral de Angola em Lisboa – Portugal, muita prepotência, expulsa funcionários ao seu belo prazer, faz várias sobrefacturações, compra tapete de 75 mil euros, mobílias no valor de 90 mil euros e muito mais, mas ninguém o exonera, é arrogante, e acusa os funcionários de serem da UNITA, sem ter a noção de que as instituições diplomáticas existem em prol da Nação, mas perde tempo em apontar dedos e procurar culpados, para distrair o País das sobrefacturações que faz dentro do consulado. O senhor Narciso é na verdade incompetente, impreparado e sem formações adequadas para exercer funções de Cônsul Geral, a muito que deveria ser já substituído, apesar de todas as denúncias contra Ele, Ele ainda continua aí no consulado.
O MIREX assim como as embaixadas e os consulados angolanos precisam de dirigentes e de embaixadores jovens e qualificados, cônsules jovens e dinâmicos. O Presidente da República precisa fazer uma promoção em massa de jovens competentes, precisa nomear jovens para funções de embaixadores, de cônsules, de adidos, de ministros conselheiros, de secretários, etc, jovens e qualificados, não basta ser jovem, mas sim jovens preparados, práticos, responsáveis e comprometidos com a Nação, independentemente da cor partidária, e jovens da sociedade civil com formação político-diplomática.
O MIREX com esta administração não vai ao lado nenhum, a nossa diplomacia não terá futuro, é visível, diplomatas sem formações universitárias, mas estão no MIREX e nas embaixadas por causa do nepotismo, amiguismo, favoritismo, tráficos de influências e corrupção, tudo isso precisa acabar, é hora de pensar o País. O MIREX em si precisa de um verdadeiro comando jovem, um dirigente jovem altamente qualificado e competente para dar uma dinâmica muito diferente em relação à esta existente que é muito fraca, um jovem capaz de fazer reformas pontuais, deixando de lado diplomatas que há anos nunca fizeram nada, até porque 90% dos nossos diplomatas pouco ou nada entendem de diplomacia moderna.
Arrogância + sobrefacturação dos dinheiros do Estado x Incompetência + Nepotismo – Formação Universitária + Tribalismo = Fracasso total. É nessas condições que se encontra o MIREX e todas as nossas estruturas diplomáticas, não há trabalho sério, olham o Embaixador angolano nos EUA (Joaquim do Espírito Santo) muita arrogância mas pouco trabalho, vejam a Embaixadora angolana na Alemanha (Balbina da Silva) muita arrogância mas pouco trabalho, a Cônsul Geral de Angola em São Paulo (Stela Santiago) muita arrogância mas pouco trabalho, assim como a maioria dos diplomatas angolanos muita arrogância mas pouco trabalho, apenas falam muito mas trabalho sério não sabem demonstrar. Esta é a grande verdade muita arrogância e sobrefacturação, mas não conseguem elevar a nossa diplomacia que é uma das piores do Mundo.
Os diplomatas angolanos precisam colocar a arrogância de lado e começar a trabalhar mais, a estudar mais, a ler mais, a investigar mais, a participar mais de debates e encontros científicos ligados à diplomacia, à economia internacional e outras temáticas relevantes, mas infelizmente a maior parte dos nossos diplomatas têm medo dos livros, podem até ter bibliotecas dentro de suas casas mas não lêm. Às nossas Embaixadas não tem livros ou materiais científicos que falam de Angola em todos os campos: econômico, político, social, cultural, diplomático, jurídico, desportivo, turismo, etc, tu não encontras quase nada.
Eu sozinho em termos de «conteúdos científicos» tenho muito mais material em relação as embaixadas angolanas, tudo isso só pra dizer que os diplomatas angolanos precisam mesmo apostar na formação, muitos dos nossos diplomatas nunca passaram e nem sabem sequer o que é uma universidade, estou a caminho de ter 10 diplomas universitários e muitos deles nem um só diploma universitário possuém, um diplomata que não estuda jamais terá vontade e pré-desposição de construir grandes bibliotecas dentro das embaixadas, isso pra muitos deles é impossível, vejam os nossos adidos da cultura não fazem nada, não gostam de ler, são eles os que deviam incentivar a comunidada angolana na diáspora à investigação científica mas não o fazem porque carecem de formação de alto nível.
A nossa diplomacia tendo em conta tudo isso vai de mal a pior, os diplomatas angolanos (muitos deles) vestem fatos que custam mil a dois mil euros-dólares, mostram tanto brilho e banga. Isso seria relevante caso também tivessem inteligência e competência para desenvolver a nossa diplomacia. A elegância é importante mas uma cabeça racional e intelectual vale muito mais em relação há um corpo cheio de roupas caras. As instituições diplomáticas angolanas continuam na desordem.
Os nossos diplomatas têm muita vaidade mas não são competentes, eu sei o que é exactamente a diplomacia tanto na teória como na prática, e um verdadeiro diplomata deve pensar grande, deve projectar coisas relevantes, deve criar estratégias que podem superar até a sua imaginação técnico-diplomática. Isso que estou a dizer aqui agora é impossível à compreensão de muitos dos nossos diplomatas, é preciso ter carisma pra isso, além da formação universitária que é necessário.
O.B.S: Enquanto os jovens angolanos qualificados e competentes não assumirem o comando do MIREX os vícios, o nepotismo, o amiguismo, a sobrefacturação jamais irá terminar, porque o sistema do MIREX é um sistema muito velho e viciado, apenas um novo comando jovem poderá mudar isso, a desordem é tanta que até os embaixadores e cônsules pensam que a embaixada e o consulado é como se fosse sua propriedade, assim se comportam os nossos diplomatas, muita arrogância, falam muito mas trabalham pouco, grande parte deles nem sequer estudaram, nem sabem 10% daquilo que são as exigências diplomáticas.
Eu e a Diplomacia a Diplomacia e EU
Estou estudando o além da DIPLOMACIA.
Leonardo Quarenta – O Rei da Diplomacia
Doutorando em Direito Constitucional e Internacional
Mestrado em Relações Internacionais e Diplomacia
Master em Direitos Humanos e Competências Internacionais
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