O Presidente da Câmara de Comércio Angola China, Arnaldo Calado, sugeriu a abertura de uma nova era de cooperação na relação entre os dois Estados, que passaria necessariamente pelo perdão total da dívida angolana, estimada em 20,1 mil milhões de dólares.
Na mensagem de felicitações ao embaixador chinês, Gong Tão, por ocasião da comemoração dos 71 anos do dia da festa nacional do povo e da grande nação chinesa, assinalados a 01 deste mês, o presidente da câmara sublinha que, nesta nova era de relação entre as duas nações, o Governo chinês deverá apresentar ao Executivo angolano as suas reais contrapartidas e em todas essas sugestões devem incluir uma real participação dos empresários chineses e angolanos, de modo a transformar essa privilegiada cooperação em modelo para o mundo.
Segundo Arnaldo Calado, Angola e China estabeleceram há muitos anos excelentes relações de amizade, sendo que nos últimos anos essas relações tomaram o rumo de irmandade invejável na concretização da política do Estado chinês para o desenvolvimento de África e do empoderamento dos seus empresários, daí ter sugerido o inicio de uma nova era de cooperação entre as duas nações.
Por isso, sugeriu também a inauguração de uma relação baseada em negociações “win-win”, com definição clara dos sectores em que o governo de Angola necessita realmente do financiamento, investimentos ou suporte técnico chinês.
“O estabelecimento de relações comerciais entre o Mercado chinês e africano abriu um horizonte sem precedentes para trilha de um atalho de cooperação moderna baseadas em acordos de vantagens mútuas”, lê-se na mensagem.
O líder da câmara que congrega empresários dos dois países reconheceu que a cooperação China-África trouxe o renascer da esperança e o desenvolvimento sustentável a nível dos vários sectores da vida social e comercial, como a construção de infra-estruturas, transportes, saúde, habitação, água e electricidade, pequena e média indústria, bem como comércio geral.
Enquanto empresário e conhecedor das necessidades do país, Arnaldo Calado entende que para um melhor aproveitamento das potencialidades chinesas, a prioridade nessa nova era deveria iniciar com investimentos e ou financiamento nas áreas da agro-indústria, infra-estruturas básicas, indústria pesada e ligeira, indústria militar, ensino superior/investigação científica, comunicação social e tecnologias de informação e indústria de saúde.
Actualmente o mundo conhece uma conjuntura económica e financeira com profundas mutações, totalmente imprevisível, causada pela pandemia da Covid-19, abrindo portas para desafios que apelam para a sabedoria, imaginação, criatividade e assertividade na escolha dos parceiros para a longa caminhada para o futuro.
Por outro lado, agradeceu à China pelo apoio incondicional prestado ao Governo e ao povo angolanos no âmbito do combate à pandemia provocada pelo vírus da Covid-19.