À Comunidade Lunda-Tchokwé, Ngangela, Lutxanzes, Luimbi, Lunda-Ndembo, Luvale, Kamussequele, que se encontra em Angola.
Os nossos respeitosos cumprimentos;
Prezados irmãos;
Antes de mais nada, em primeiro lugar e em nome do Criador pedimos que esta carta vos chega as mãos, em nome da FRISILT e do MNLL (Movimento Nacional de Libertação da Lunda), que lado ao lado luta tenazmente contra os ocupantes do vosso território e todos vós que se encontram em Luanda sem qualquer ocupação.
Prezados irmãos;
O sacrifício que está sendo consentido pelo General e Comandante Trovoada (Gildo de Sousa Lova), é sem dúvidas uma prova de maturidade política e ideológica que está sendo feito em vosso nome e ninguém pode estar fora desta causa comum.
Prezados irmãos;
Esta luta é sem sombras de dúvidas para libertar-vos da colonização dos Crioulos que se encontram em Luanda, que ocupam o vosso império por forças das armas onde os vossos pais, nas chanas do Cazombo, Mufupu, Caianda, foram utilizados como carne de canhão para libertar os angolanos, do jugo colonial português.
Prezados filhos do vasto Ngola;
Passando quinhentos (500) anos, que os europeus ocuparam a África, momentos em que NGOLO (Ngola) deixou Luanda, deixando o MATAMBA e a sua irmã MUGINGA MUMBANDY, sob controlo daquele estado embora o tempo passa estamos conscientes de que tarde ou cedo hão de ser livres e senhores dos vossos destinos.
Prezados filhos desta terra;
Recordamos como fosse hoje, e segundo as escrituras sagradas, Jesus tivera dito e nós citamos: Não voltarei e encontrar Pedras sobre Pedras, fim de citação.
Esta palavra é que nos comove lutar mesmo com saliva para vos libertar desta humilhação, porquanto os vossos diamantes alimentam o mundo e os vossos filhos continuam analfabetos e sem qualquer formação condigna.
Prezados irmãos;
Aqui e acolá, estiveram Igrejas Católicas e Missionárias para vos libertar, mas devido os interesses dos Russos e Cubanos sobre os diamantes, os missionários e padres foram corridos assim como os filhos dos portugueses, franceses, belgas e ingleses, nascidos na África também tiveram a mesma sorte.
Hoje, não podemos aceitar que os nossos irmãos, filhos e filhas estejam em países estrangeiros como se estivesse nascido no espaço, até os que lá nascem têm direito a terra cujo espaço nasceram.
Prezados irmãos;
Estamos em pleno século XXI, e a própria Nações Unidas, na sua
Convenção de Viena, reconhecem que nenhum povo deve ser colonizado, torturado ou sem liberdades fundamentais, e o respeito pela dignidade humana.
Por isso é chegada a hora dos filhos que se encontram em Portugal, exigir ao estado português o reconhecimento pela autodeterminação e as nações unidas criar condições de regresso desses filhos a sua pátria.
Prezados irmãos;
Temos conhecimentos que na capital angolana, tem havido manifestações de protestos a favor da autodeterminação do povo Lunda-Tchokwé, onde o executivo angolano, não deixa a sua comunicação social fazer a difusão dessa matéria na sua antena.
Prezados irmãos;
Temos que criar pressão contra as autoridades portuguesas que estão a proteger os Crioulos que até em Angola, os próprios angolanos, estão a passar mal e a matar-se uns dos outros para roubar ou extorquir algo para a sua sobrevivência.
Prezados irmãos;
Neste preciso momento recebemos informações segundo as quais a Rainha Muginga e Rei Matamba, que o Ngola tinha deixado em Luanda, já não se encontram lá e a Casa do NGOLO (Ngola) já foi ocupada e transformada em Museu das Forças Armadas angolanas.
Prezados irmãos;
Com relação ao Neto do NGOLO (Ngola), que se encontra na cadeia em Malanje, pedimos ao MATAMBA e todo o povo de Malanje, no sentido de dar apoio total ao Comandante e General Gildo de Sousa Lova (Comandante Trovoada).
Neste preciso momento o NGOLO (Ngola) encontra-se nas montanhas, cedo ou tarde o Senhor João Manuel Gonçalves Lourenço, poderá encontrar-se com este Soberano, mas antes de tudo a Tropa e o Material militar que se encontra naquela casa deve ser removido.
Para vossa informação, Portugal, está com vergonha de dizer sim ou não, devido os acordos secretos que tem com o executivo de João Manuel Gonçalves Lourenço, que fez normalizar as relações entre Angola e Portugal, que as autoridades Lusas guardavam como carta do Trunfo, isto é sobre a questão do império.
Prezados irmãos;
É nesta senda de pensamentos que devemos estar unidos mais que nunca, para que o executivo angolano sai do nosso território e sermos livres e donos do nosso próprio destino.
Para o efeito terminamos dizendo que:
Juntos Caminharemos;
Juntos chegaremos a meta.
Lunda, 14 de Janeiro de 2021.
DE: NGOLO KUFWA MUAKA KUMULILA MUAKA.