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Luto em Cafunfu: “O disparou mortal contra Zeca Muandjanji” – Lourenço António

Zeca Muandjanji, secretário regional do Protectorado Lunda Tchokwe é referido como estando entre os 15 cidadãos angolanos massacrados este sábado pela polícia e forças armadas angolanas na localidade de Cafunfu, na província diamantífera da Lunda Norte. Zeca Muandjanji foi subscritor da carta dirigida às autoridades locais – Administrador municipal do Cuango, Comando Municipal da polícia e comunicação social – informando sobre a intenção de realização da manifestação pacífica, no dia 30 de Janeiro de 2021.

AS FORÇAS POLICIAIS  DESCARREGARAM TODA A SUA FÚRIA ASSASSINA

“O Secretariado Regional de Cafunfo do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, reconhecido nos termos do Oficio nº0257/GAB,CHEFE CASA CIVIL/PR/038/2018, […] vem por intermédio desta comunicar a Vossa Excelência, nos termos do artigo 47º da CRA, que vamos realizar uma manifestação pacifica no dia 30 sábado de Janeiro de 2021, cujo objectivo; exigir diálogo ao Governo Angolano e que se reconheça o nosso direito legitimo, histórico e natural a nossa Autonomia da Republica de Angola”, le-se na missiva subscrita por Zeca Muandjanji.

O responsável evocou o artigo 47° da Constituição da República de Angola para defender a legitimidade da realização da manifestação pacífica.

No final, o autor da carta solicitou protecção do comando municipal da polícia a mesma polícia que disparou mortalmente contra Zeca Muandjanji e seus 14 compatriotas.

As forças policiais e militares descarregaram toda a sua fúria assassina sobre os manifestantes indefesos que somente pretendiam manifestar para exigir diálogo com o governo angolano sobre autonomia que é reclamada há vários anos.

A reacção das forças da ordem e segurança que deveria ser dissuasora, foi desproporcional e profundamente condenável por ter resultado em mortes.

No vídeo que circula nas redes sociais constata-se que os efectivos da polícia e das forças armadas,vangloriam-se do ignóbil feito e assumem uma atitude sanguinária premeditada.

O exercício de reunir e exibir engenhos e armas velhas para imputar aos manifestantes uma postura ofensiva, não colhe nos dias de hoje e faz parte daqueles cenários tristemente célebres de canibalizaçao da FNLA em 1975.

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