O governo angolano voltou a rejeitar a possibilidade de um diálogo com elementos do Protectorado da Lunda Tchokwe para discutir a violência na Lunda Norte afirmando que o movimento não é uma organização legal.
Isto depois do ministro da Justiça e Direitos Humanos, Francisco Queirós, se ter reunido com dirigente da polícia nacional e organizações da sociedade civil para analisar os confrontos que resultaram em vários mortos.
Verónica Sapalo em representação do grupo de monitoria dos Direitos Humanos em Angola disse que esta organização “entende e clama que deve haver uma investigação da PGR para se apurar a verdade dos acontecimentos de Cafunfo e que desta investigação deve-se ouvir também a outra parte que é acusada de rebelião, para se chegar à verdade dos factos”.
Mas Queirós disse numa conferência de imprensa o movimento “é uma organização que legalmente não existe portanto não há legitimidade para dialogar com eles”.
O ministro acusou ainda a organização de defender “fins contrários à constituição e à integridade territorial (pelo que) é difícil dialogar com eles”.
Queirós também está com o comandante geral da polícia no que toca à proporcionalidade usada pela polícia.
Francisco Queirós defendeu também a posição anteriormente assumida pelo comandante da polícia de que esta não tem que usar força proporcional mas tem o direito de responder com força desproporcional.
“Foi um acto quase de guerra, como é que em guerra eu vou medir proporcionalidade?”, interrogou o ministro da Justiça que garantiu que o caso já está com a PGR para ser investigado.