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Angola /Cafunfo: UNITA pede a “Presidente angolano inquérito independente urgente”

O líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) pediu hoje ao Presidente angolano que mande instaurar “um urgente inquérito independente” sobre o ocorrido em Cafunfo, que resultou em seis mortos

Adalberto Costa Júnior criticou o “incompreensível silêncio” do chefe de Estado angolano, seis dias “desde os horrendos acontecimentos de Cafunfo”, uma manifestação reprimida pelas autoridades naquela vila mineira da Lunda Norte, 750 quilómetros a leste de Luanda.

As autoridades acusam os manifestantes de rebelião, com armas brancas e de fogo, e tentativa de invasão de uma esquadra, admitindo a morte de sete pessoas, enquanto observadores e elementos do protesto falam em duas dezenas e meia de vítimas mortais.

Segundo Adalberto Costa Júnior, o Presidente angolano “não se dignou dirigir uma palavra de conforto às largas famílias angolanas enlutadas”.

“Apelo, por isso, ao senhor Presidente da República a assumir-se realmente como Presidente de todos os angolanos. Respeite e faça respeitar a Constituição e a Lei e mande instaurar um urgente inquérito independente”, referiu.

O presidente do maior partido da oposição angolana salientou que nos últimos tempos é crescente a onda de manifestações de cidadãos, que reclamam os seus direitos consagrados na Constituição da República, cabendo ao executivo angolano procurar entender as razões dos protestos, através de um diálogo profundo e abrangente.

“A UNITA entende que toda a manifestação é legítima” desde que enquadrada legalmente, disse Adalberto da Costa Júnior, acrescentando que “é inaceitável que em Angola as ordens superiores se substituam à Constituição da República e, por essa via, se possa legitimar a violação dos direitos, liberdades e garantias fundamentais com o único propósito de conservar a todo custo e ao arrepio da Constituição e da Lei, o poder político”.

De acordo com o líder da UNITA, “o massacre de Cafunfo”, ocorrido no dia 30 de janeiro passado, deve convocar a consciência dos angolanos para uma profunda reflexão sobre a matéria dos direitos humanos, contrariando o discurso do executivo angolano para o exterior do país de uma maior transparência política e respeito dos direitos humanos.

“Na realidade, os angolanos continuam a morrer sob balas das forças de defesa e segurança do Estado”, frisou.

“Disparar sobre manifestantes indefesos como ocorreu em Cafunfo, no dia 30 de janeiro do corrente ano 2021, e tratar de forma tão desrespeitosa e desumana os mortos e feridos, é mais uma demonstração de que o executivo angolano não está comprometido com a observância dos direitos humanos, segurança e defesa dos cidadãos”, realçou Costa Júnior.

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