O Banco Nacional de Angola (BNA) recebeu 759 reclamações no último trimestre de 2020, metade das quais relacionadas com transferências bancárias e contas de depósitos à ordem, que representam 47% do total, segundo dados divulgados hoje.
Embora o número de reclamações registadas no Departamento de Conduta Financeira seja ainda baixo, considerando que apenas 5,4 clientes em cada 100 mil apresentaram reclamações contra instituições financeiras de grande dimensão, ainda assim aumento 50% em relação ao período homólogo de 2019 em que os consumidores de produtos e serviços financeiros apresentaram um total de 494 queixas.
Transferências (192) e contas de depósitos à ordem (164) motivaram a maioria das reclamações.
Entre os principais motivos das reclamações sobre transferências contam-se: operação não efectuada/reconhecida; morosidade na realização da operação; e não disponibilização de valores ao beneficiário efetivo.
Quanto às contas de depósito à ordem foram motivadas por: movimentação indevida; não disponibilização de numerário e comissões/despesas.
Seguem-se nas reclamações o crédito ao consumo (52), outros tipos de crédito (50),operações sobre o estrangeiro e crédito à habitação (41 em cada caso), máquinas ATM/TPA (34), cartões de débito (25), contas ordenado e operações cambiais (24 cada) e prestação de serviço (20).
Foram também registadas queixas sobre cartões de crédito, cobranças, cartões pré-pagos, contas de depósito a prazo, descobertos bancários, cheques, Internet Banking, Mobile Banking, contas de depósito Bankita e crédito automóvel.
O Banco de Poupança e Crédito (BPC) foi o principal alvo das reclamações, seguindo-se o Banco Angolano de Investimento (BAI), Banco de Fomento Angola (BFA), Banco Millenium Atlântico, Banco Sol e BIC, no que diz respeito às grandes instituições financeiras.