Hoje, quarta-feira, 10 de Fevereiro, a TPA emitirá o programa Especial Informação subordinado ao tema As Candidaturas Presidenciais Versus Dupla Nacionalidade.
O programa em referência enquadra-se na actual estratégia vil do regime de aniquilar a credibilidade de Adalberto Costa Júnior, o Presidente da UNITA , eleito no último congresso do partido. E, como tal, é um ataque também contra a UNITA.
O comunicado vilanesco do MPLA constituiu a abertura de um processo político sujo que está apenas a começar.
O regime sabe que o contexto e a conjuntura actuais são extremamente desfavoráveis ao partido delinquente e seu líder, João Lourenço, o qual, a cada dia, semana, mês e ano que passam, vê-se grego para conseguir ser reeleito em 2022.
É preciso que os Angolanos e Angolanas entendam de uma vez por todas que o projecto de manutenção do poder do MPLA não conhece nem reconhece limites éticos. Tudo vale para se manter no poder, incluindo acusar oposicionistas de serem estrangeiros.
Num texto anterior (disponível aqui https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=3483455488438190&id=100003213195647), descrevi de forma sistematizada e detalhada o complexo processo através do qual o MPLA começa a implementar a fraude eleitoral muito antes do dia do voto. E um dos instrumentos fundamentais é a Televisão Pública de Angola, que, funciona como canal de propaganda audiovisual do MPLA e do regime.
Falta cerca de 1 ano meio para as eleições de 2022, e a estratégia geral da fraude para a manutenção do poder do MPLA já está na fase do uso da mídia pública para aniquilar os adversários fortes do partido delinquente.
O número de ataques vai aumentar e assumir contornos mais densos à medida que 2022 se aproxima.
Neste sentido, é fundamentalíssimo que a UNITA e os outros partidos na oposição façam face aos desafios pré-eleitorais e eleitorais em ordem a que o cenário político mude em 2022.
Não se trata apenas de esforços de aniquilação política de Adalberto Costa Júnior e da UNITA. Trata-se de um problema da oposição angolana.
Do contrário, sem uma estratégia inteligente e forte de réplica e, ao mesmo tempo, proactiva que resulte no fim da hegemonia tóxica do MPLA em 2022, Angola vai continuar no pântano civilizacional em que se encontra.
Ao regime interessa ocupar os Angolanos com assuntos inúteis e, assim, distrai-los, ao passo que, efectivamente, os faz passar ao lado dos graves problemas sociais e políticos que continuam a inviabilizar Angola.
O MPLA é o principal problema, é o principal obstáculo à viabilização de Angola como país.
Cabe à oposição (a que tem credibilidade e aceitação junto do eleitorado) decidir: deve trabalhar junta para acabar com a hegemonia do MPLA em 2022 ou cada partido vai actuar a solo e o MPLA ter, não 5, mas mais 50 anos no poder?
Nuno Álvaro Dala