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Angola: “Paulo de Almeida esteve bem no seu discurso” – Carlos Alberto

A Polícia Nacional não negoceia (nem deve negociar) com nenhum grupo político que pretenda fazer arruaça ou que pretenda atacar qualquer instituição do país.

Perante ameaças contra a integridade de pessoas individuais ou colectivas, o papel da Polícia é sempre repressivo. É assim em qualquer parte do mundo. Não existe no mundo uma Polícia que deixa uma esquadra sua ser atacada – mesmo com pedras, facas ou paus – sem reagir com armas de fogo, dependendo da gravidade da situação.

Se alguém, por exemplo, tentasse assaltar a nossa casa com pedra na mão para nos neutralizar, será que nós, os donos da casa, também teríamos de procurar uma pedra igual em casa para responder na mesma proporção ou iríamos reagir com qualquer arma que estivesse ao nosso alcance?

O Comandante-Geral da Polícia Nacional teve um discurso de chefe da tropa.
Se alguém tentar atacar mais uma esquadra da Polícia com paus ou pedras, a Polícia vai responder com arma ou tanques de guerra se for necessário, pois isso constitui um desafio às autoridades do país, o que é grave num Estado democrático e de Direito.

Será que a UNITA, estando no poder, aceitaria que grupos de angolanos atacassem instituições do Estado sem que nada lhes acontecesse? A resposta é óbvia. Basta ver as reacções de responsáveis da UNITA quando se coloca em causa a sua honestidade. Até ameaças a jornalistas já tivemos só por termos questionado coisas.

O angolano que, de forma intencional, ataca uma esquadra da Polícia, mesmo só com pedras, tem de estar preparado para morrer, ponto. É duro ouvir isso mas é a verdade.

Se usar arma de fogo contra a Polícia, a Polícia vai usar tanques de guerra, pois aqui não pode haver uma reacção proporcional, tendo em conta a gravidade da situação.

Paulo de Almeida, o CG, esteve bem no seu discurso. O chefe da tropa nunca vai ter um discurso de “rebuçados e chocolates” quando sente que grupos da sociedade civil (com políticos por trás) pretendem atacar as suas forças para qualquer fim. Temos de perceber isso. Os que já foram militares percebem melhor isso.

Por seu turno, o ministro do Interior, por ser um cargo político, já pode ter um discurso mais de conciliação entre as partes, porque na Política existem negociações necessárias.
Entretanto, perante ameaças contra a integridade de instituições públicas, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, que também é militar, vai sempre ter um discurso musculado. É natural. Acontece em Angola e em qualquer parte do mundo.

Portanto, fazer queixa-crime contra o Comandante-Geral e contra o ministro do Interior por terem tido uma linguagem de tropa, para defender as instituições do Estado, é não ter ocupação ou existe mesmo uma pré-intenção de se criar factos políticos para se desviar o foco do Executivo: combate à corrupção, responsabilizando os seus autores.

A grande questão aqui é se houve ou não ataque à esquadra da Polícia em Cafunfo.

Estive a ver a reportagem da LUSA, que o presidente da UNITA Adalberto Costa Junior fez questão de partilhar no seu facebook, e só vi pronunciamentos de alegadas testemunhas que dizem que houve um alegado massacre. Não se mostrou factos que pudessem provar um não ataque à esquadra da Polícia nem se mostrou os alegados mortos no rio, que pudessem sustentar a tese de ter havido “massacre”.

Se o Jornalismo se baseia em apenas relatos de pessoas, eu posso entrevistar 100 pessoas que dizem que eu nasci na China, para provar que sou chinês, quando até nasci no Cazenga, em Luanda.

Nós, angolanos, precisamos de fazer Política com VERDADE, com ética e com responsabilidade. Eu deixei de acreditar no senhor Adalberto Costa Júnior porque percebi que era/é alguém que é capaz de tudo para ser chefe. Não é segredo que foi o senhor Adalberto Costa Júnior que me convidou para ser Conselheiro da ERCA. A minha consciência nunca esteve à venda para ninguém – nem mesmo para o MPLA.

Os partidos políticos na oposição não podem defender arruaças, vandalismos nem crime organizado só porque pretendem ser Governo.

Angola deve estar acima de meras intenções de todos os partidos políticos juntos.
Quem não coloca a verdade e o país em primeiro lugar não serve para dirigir Angola.

Força, Polícia Nacional!
Força, Comandante-Geral!
Força, ministro do Interior!
O país tem regras.

Carlos Alberto 

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