O Governador da província do Namibe, Archer Mangueira, é acusado de estar por detrás da empresa que ganhou o concurso para a Terraplanagem de vias de acesso, na província do Zaire, município de M’banza Kongo, uma obra contemplada nos PIIM, avaliada em aproximadamente dois milhões de kwanzas.
A obra de Terraplanagem de vias de acesso ao município sede, é pertencente á Administração Municipal de Mbanza Kongo, de cujo empreiteiro TEA- EMPRESA DE TERRAPLANAGEM E ESTRADAS de Angola, está sob fiscalização da empresa G.G.M GANDARA – Fiscalização e Construção Civil Ltd, a ser executada numa área de 15 quilómetros.
Com início a 04 de Fevereiro corrente, a referida obra tem a previsão de ser entregue dentro de um ano, isto é, em Fevereiro de 2022.
Conforme uma denúncia pública, de Luís de Castro, posta a circular, Archer é tido como um Marimbondo com uns bons anos de estrada, sendo que, o seu nome consta nos “Anais” do tempo das “vacas gordas”.
“O modus operandi de alguns governadores provinciais, para levar avante o festival da gestão danosa, corrupção e nepotismo, é “injectar as suas empresas” fora da sua jurisdição territorial, de modo a não atrair atenção da sociedade civil local, tal como aconteceu com o Governo Provincial do Zaire ao adjudicar a empreitada de Terraplanagem de 15 quilómetros de vias de acesso ao município de M’banza Kongo, à TEA – Empresa de Terraplanagem e Estradas de Angola, orçada em Akz: 1.500.111.965.59, no quadro do Programa Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM)”, segundo a denúncia.
O escândalo da empreitada, esclareceu ainda, começa na definição do orçamento bilionário, por uma simples terraplanagem (quer dizer que a estrada não será asfaltada) e termina no facto de Augusto Archer de Sousa Mangueira, antigo ministro das Finanças e actual Governador do Namibe, aparecer na segunda posição da estrutura societária, com 35% do capital social da referida empresa.
Dito de outra forma, Archer Mangueira fez contrato consigo mesmo, com o beneplácito do Pessoal da Contratação Pública, que por sinal, maior parte dos quadros foram nomeados durante a sua passagem pelo ministério das Finanças, ou seja, “organizou a casa antes de sair”.
Luísde Castro considerou igualmente que, o Presidente João Lourenço ao manter Archer Mangueira no governo da província do Namibe, revela ser conivente com à corrupção, nepotismo e impunidade institucionalizada, no seio do Executivo, males que de um tempo a essa parte andam à reboque do PIIM, dando mostra que o seu principal inimigo é, nada mais nada menos que, João Lourenço, que insiste remar contra à maré.