Era uma das peças que faltava ao complexo puzzle do Luanda Leaks.
Um ano depois das revelações do Luanda Leaks, a SIC e o Expresso tiveram acesso a novos documentos relacionados com os 131 milhões de dólares pagos pela Sonangol a uma sociedade do Dubai, controlada por uma amiga de Isabel dos Santos.
Os papéis provam que parte desse dinheiro – 73 milhões – serviu para remunerar três consultoras internacionais com escritórios em Portugal e um reputado escritório de advogados. Nenhum tinha ainda assumido estes pagamentos.
Outros 51 milhões de dólares acabaram por ir parar a empresas da esfera da empresária angolana ou de pessoas relacionadas com a filha do ex-presidente de Angola.
LUANDA LEAKS: A INVESTIGAÇÃO
A decisão surge na sequência de uma investigação levada a cabo pelo Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação, intitulada de Luanda Leaks, a maior investigação jornalística alguma vez feita aos negócios da empresária angolana Isabel dos Santos. Mais de 715 mil documentos foram analisados por 120 jornalistas dos maiores órgãos de comunicação social de todo o mundo começaram a ser divulgados.
O Expresso e a SIC associaram-se a este consórcio internacional e revelam como a filha do antigo Presidente de Angola fez chegar pelo menos 115 milhões de dólares dos cofres da Sonangol a uma sociedade do Dubai, controlada por pessoas próximas. Todas elas portuguesas.