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Angola: Oposiçao une-se e anuncia “combate comum contra o Governo”

Os líderes da UNITA, Adalberto Costa Junior, do Bloco Democrático (BD), Justino Pinto de Andrade, e o coordenador do PRA-JA – Servir Angola, Abel Chivukuvuku, decidiram unir para, segundo as suas palavras, tirar o MPLA do poder nas eleições de 2022 em Angola.

Numa declaração conjunta nesta quinta-feira, 18, em Luanda, os três políticos exigem que o Presidente João Lourenço se pronuncie e tome uma decisão sobre o que está ocorrer em Angola, com particular incidência em quatro questões: o “massacre” de Cafunfo, o estado actual da democracia que para eles está a regredir, a situação da justiça e as eleições de 2022.

A oposição entende que a governação do Presidente angolano até aqui é em si um impulso e motivação para o aumento da corrupção em Angola.

O presidente da UNITA afirma que João Lourenço faz o contrário do que diz sobre o combate à corrupção em Angola.

“A Presidência de João Lourenço é um exemplo prático negativo de incentivo à corrupção, quando insiste na contratação pública simplificada, como se vai combater a corrupção e depois ser o pior exemplo de negação desta prática…”, sustenta Adalberto Costa Júnior, que se refere à contratação pública que está sai no Diário da República.

Adalberto Costa Júnior, Justino Pinto de Andrade e Abel Chivukuvuku prometem agir sempre contra violações dos direitos humanos

“A intervenção do FMI em Angola anda à volta de quatro mil milhões de dólares, a contratação pública só num dos elementos ultrapassa o valor de toda assistência do FMI, há combate à corrupção?”, questiona o líder do maior partido da oposição.

O facto de a Procuradoria-Geral da República precisar de um aval do chefe do Executivo para investigar é outro exemplo avançado por Costa Júnior em como o combate a corrupção é selectivo e é “uma enorme restrição”

Outro assunto abordado na conferência tripartida foi a investigação da justiça americana aos bens do Presidente da Republica e seus próximos.

Justino Pinto de Andrade, presidente do BD, diz não questionar a veracidade do relatório.

“Ao publicar a informação, deve ter investigado por isso, acredito que grande parte do que foi publicado no relatório é verdadeiro e não me surpreendo”, sustenta.

Sobre os acontecimentos de Cafunfo, os três políticos exigem que o Presidente João Lourenço oriente o fim das perseguições e a “caça ao homem” que ocorrem naquela lodalidade e noutras partes do território angolano.

A declaração conjunta das três forças exige igualmente a libertação de todos os presos políticos nas Lundas e a instauração de inquéritos independentes para averiguar o que se passou de facto em Cafunfo e que a Assembleia Nacional organize com carácter de urgência uma CPI para o ocorrido na Lunda Norte.

O presidente da UNITA afirma que essa união da oposição veio para ficar.

De agora em diante, Abel Chivukuvuku, Adalberto Costa Júnior e Justino Pinto de Andrade prometem agir sempre que houver violação dos direitos dos cidadãos em Angola.

 

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