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Angola: Plano Nacional de Geologia (Planageo) já “investiu 213 milhões de euros no plano nacional de geologia”

O Plano Nacional de Geologia (Planageo) angolano, que concluiu o levantamento aéreo geofísico do potencial mineral e geológico do país, a uma altura média de 120 metros, já absorveu quase 260 milhões de dólares (213 milhões de euros), foi hoje anunciado

Segundo o presidente do conselho de administração do Instituto Geológico de Angola (Igeo), Canga Xiaquivuila, já foram investidos neste projeto 259,4 milhões de dólares o que corresponde a uma execução financeira de 64%, contando com uma execução física de 66%.

O Planageo foi lançado em maio de 2014 com o objetivo assumido de fazer um levantamento científico do potencial mineral e geológico visando atrair investimento internacional para o setor.

Os resultados alcançados pelo Planageo, a execução física e financeira das infraestruturas do Igeo à luz do projeto “estruturante” e as infraestruturas laboratoriais de apoio à exploração mineira em Angola foram hoje apresentados à imprensa.

Canga Xiaquivuila disse, na abertura do encontro que decorreu em Luanda, que o Planageo se propõe em relançar, dinamizar e aumentar a contribuição fiscal do subsetor dos recursos minerais, bem como melhorar o conhecimento da geologia e do potencial dos recursos minerais do país.

Os dados que resultam levantamento aéreo geofísico, a uma altura média de 120 metros e com um espaçamento ente linhas de 1.000 metros, já concluído, levaram as autoridades a dividir o território angolano em três zonas de trabalho.

A região norte de Angola compreende a zona 1, a região leste a zona 2 a região sul a zona 3.

O consultor técnico do Igeo, Paulo Tanganga, que procedeu a apresentação técnica e os resultados alcançados pelo Planageo, deu conta que estão igualmente concluídos os levantamentos geofísicos terrestres na zona 3 que visou “mapear a espessura da cobertura sedimentar do sul de Angola”.

Nas regiões norte e sul de Angola, explicou, estão concluídos os mapeamentos geológico às escalas de 1:250.000, 1:100.000 e 1: 50.000, regiões onde estão em curso recolha de amostras para objeto de tratamento e análise laboratorial em mineralogia, petrografia e geocronologia.

Está também em curso a recolha de amostras na região sul de Angola para serem objeto de tratamento e análise laboratorial para sedimentos de corrente e concentrado de mineiro e o processo de mapeamento do potencial de material de construção e para a indústria transformadora da região, notou.

Paulo Tanganha assinalou igualmente a ocorrência de mineiras nas reservas ambientais protegidas, como na Bacia do Okavango, “com potencial de diamantes e ferros”, quando está em curso a revisão da Lei sobre Áreas de Conservação para acomodar a exploração de recursos minerais em zonas protegidas.

“Toda a atividade mineira do país é realizada no âmbito do Código Mineiro que é instrumento legal e qualquer contrato de investimento mineiro tem como anexo estudo do impacto ambiental”, assegurou Paulo Tanganha, quando questionado sobre a exploração de recursos mineiras em zonas protegidas.

Em relação à região leste de Angola, o presidente do conselho de administração do Igeo, Canga Xiaquivuila, deu conta que área tem apenas concluída o levantamento aéreo geofísico, faltando levantamentos geológicos, geoquímicos e estudos específicos, “condicionados por constrangimentos financeiros”

Na zona leste, explicou, “os trabalhos estão parados, neste momento, por constrangimentos financeiros e assim que resolvermos essa parte iremos fazer os mesmos trabalhos que já foram concluídos noutras zonas”.

Entre os resultados alcançados, no âmbito do Planageo, disserem as autoridades, o Igeo, que conta com um Centro de Processamento de Dados, conta já com um mapa de aero-geofísica à escala regional de todo o território nacional e com a definição de domínios geológicos.

As autoridades apontam os mapas topográficos a escala 1:1.000.000 com atualizações do desenvolvimento das infraestruturas públicas e privadas, mapas geológicos de toda a região sul do país, com 44 folhas cartográficas, mapas geológicos com o potencial em rochas ornamentais, materiais de construção e minerais industriais como outros resultados alcançados.

O edifício sede do Igeo, inaugurado pelo Presidente angolano, João Lourenço, em junho de 2020, três laboratórios de geociências em Luanda, Lunda Sul e Huíla, apetrechados e equipados com tecnologia moderna e Base de Dados de Geociências de Angola são “resultados do Planageo”.

 

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