“Para o recomeço do crescimento é preciso uma boa campanha de vacinação, cujo objetivo é abranger 60% da população até junho”, afirmou o comissário da União Africana, Albert Muchanga.
O comissário da União Africana para o Comércio e Desenvolvimento Económico, Albert Muchanga, disse esta terça-feira que o objetivo é ter 60% dos africanos vacinados até junho, reconhecendo que a situação económica do continente é “muito difícil“.
A economia está numa situação muito difícil, a recessão, a dívida, a recuperação económica está a revelar-se muito difícil”, disse o responsável, acrescentando que para o recomeço do crescimento é preciso uma boa campanha de vacinação, cujo objetivo é abranger 60% da população até junho.
“Estamos no processo de aceder às vacinas, já temos 270 milhões de doses garantidas através da ajuda do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank)”, disse o responsável, durante a sua intervenção no primeiro painel da Fórum Orçamental Africano, que decorre hoje e quarta-feira a partir de Washington em formato virtual.
Os líderes africanos, acrescentou, “estão muito coordenados” e depois de se vacinar grande parte da população “tudo será mais fácil“.
A conferência desta terça-feira à tarde teve como tema de debate as reformas económicas corajosas, cujas iniciais em inglês da palavra brave foram usadas como guião para as prioridades das reformas: ousadas, baseadas na receita, ancoradas, compatíveis com vacinação e equitativas.
África registou mais 300 mortos devido à Covid-19 nas últimas 24 horas, para um total de 104.012 óbitos, e 8.546 novos infetados pelo novo coronavírus, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infeções subiu para 3.905.936 e houve mais 8.596 recuperados nos 55 Estados-membros da organização nas últimas 24 horas, para um total de 3.484.646.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.539.505 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.