A direção da UNITA acusa o Governo de estar a financiar com dinheiro público campanhas de difamação contra Adalberto Costa Júnior. Partido exige provas e frisa que o seu compromisso é ganhar as próximas eleições.
Adalberto Costa Júnior, líder do maior partido da oposição em Angola, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), tem sido alvo de debates “caluniosos” na imprensa controlada pelo Governo angolano.
Segundo o partido do “Galo Negro”, os órgãos públicos de comunicação social e alguns privados tutelados pelo Estado foram “instruídos” a “eleger Adalberto Costa Júnior como um alvo a abater”.
Numa declaração política lida esta quarta-feira (24.03) pelo secretário para a informação do partido, Marchal Dachala, estão a ser usadas “bocas de aluguer” para incriminar o líder da oposição.
UNITA nega financiamento de manifestações violentas
Também o secretário-geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga, se insurgiu contra a campanha vista como difamatória que visa Adalberto Costa Júnior, negando as acusações de que a sua liderança esteja a financiar “manifestações violentas” para criar uma crise política até às eleições gerais de 2022.
“Vão [ter com] essas pessoas que dizem ter sido financiadas, que digam onde foram receber o dinheiro. Precisamos de dinheiro para fazer outras coisas. Temos muitas preocupações, porque queremos ganhar eleições”, reagiu Álvaro Chikwamanga.
“O nosso dinheiro tem a cor dos nossos heróis. Não vai ser usado de forma irresponsável. Meus senhores, vocês não vão encontrar ninguém a dizer que a UNITA me disse para fazer manifestações violentas. Não precisamos disso”, asseverou.
O secretário-geral da UNITA disse, por outro lado, que os militantes estão solidários com o líder do partido eleito em novembro de 2019.
Para Álvaro Chikwamanga, os ataques contra Adalberto Costa Júnior representam uma agressão dirigida aos militantes e partido.