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Almoço da Paz: João Lourenço defende celebração da “paz com espírito de Páscoa”

No almoço do dia da paz sem representante da UNITA, o Presidente da República, João Lourenço, defendeu nesta sexta-feira, em Luanda, a necessidade dos angolanos celebrarem a paz e a reconciliação com o espírito de Páscoa.

João Lourenço falava durante o almoço de confraternização com figuras históricas da Luta de Libertação Nacional, no quadro das comemorações do Dia da Paz e da Reconciliação, que o país celebra a 4 de Abril, domingo no ato central que vai decorrer em Cabinda.

Este ano “o 4 de Abril, dia da celebração da paz e reconciliação entre os angolanos, coincide com a semana da Páscoa, o que significa que devemos encarar a paz e a reconciliação com o espírito da Páscoa, que é o espírito de Aleluia e da Ressurreição”, sublinhou o Chefe de Estado.

Para João Lourenço, foi a 4 de Abril de 2002 que o país ressuscitou das cinzas para a vida, sendo, por isso, obrigação de cada angolano proteger essa “vida”.

A celebração do 4 de Abril, em Angola, é resultante da assinatura, em 2002, do Memorando de Entendimento Complementar ao Protocolo de Lusaka.

O documento, rubricado entre o Governo angolano e a UNITA, abriu portas para o calar das armas, a realização de eleições regulares e a aprovação da Constituição de 2010.

Na lista de convidados para este almoço nos jardins do Palácio Presidencial destacou-se a ausência do líder da oposição angolana, Adalberto Costa Júnior, bem como dos presidentes da CASA-CE e do PRS e representantes da sociedade civil e comunidade religiosa.

Já Jorge Valentim, antigo dirigente da UNITA, enalteceu a iniciativa do Presidente da República, João Lourenço, e encorajou os angolanos a acreditarem no processo de paz e na reconciliação nacional.

O nacionalista, antigo deputado do MPLA, Amadeu Amorim criticou o gesto de algumas figuras históricas convidados à cerimónia e que, por motivos injustificados, não compareceram ao acto.

“Constitui um acto de deselegância e um golpe ao processo de reconciliação nacional”, advogou.

Lucas Ngonda, líder da FNLA, disse que os angolanos devem fazer da paz e da reconciliação a sua própria história.

Dia da Paz em Cabinda

O ato central das comemorações do Dia da Paz vai decorrer na província angolana de Cabinda, norte do país, para onde se desloca, no sábado, o vice-Presidente da República, Bornito de Sousa.

Bornito de Sousa além de presidir ao ato central vai também proceder, na vila de Lândana, município de Cacongo, ao lançamento de uma campanha de plantação de mangais, assim como visitar um projeto agropecuário e a foz do rio Chiloango.

De acordo com o programa, o vice-Presidente angolano vai inteirar-se do andamento das obras de construção do porto de águas profundas do Caio, o quebra-mar e a rampa do terminal marítimo de passageiros, estando igualmente previsto um encontro com estudantes universitários e com membros do conselho provincial de auscultação social”.

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