Ricardo Jorge Dias Borges é sobrinho do atual ministro angolano da energia e águas, João Batista Borges, e está sobre a mira das autoridades portuguesas.
Segundo a edição desta segunda-feira do Correio da Manhã, Ricardo Borges fez vários contratos em Portugal, através de duas empresas; a Diverminds, uma sociedade unipessoal construída o ano passado com um capital inicial de 100 euros e que sofreu um aumento de capital de 9900 euros, e a Boxinvest, uma sociedade limitada que tem sede no Dubai.
“De acordo com a fonte, quer a título individual quer através daquelas sociedades foram adquiridos dois imoveis de luxo em Portugal, um em Lisboa e outro no Porto, por um valor de cerca de três milhões de euros, negócios considerados suspeitos”.
Em Janeiro do corrente ano, uma investigação da TVI, revelou que Ricardo Borges tem mais empresas. A Plurienergia conseguiu um negócio com a Ambergol, Ambiente e Energia de Angola, por 500 mil euros, pagos em quatro vezes e enviados diretamente para uma conta em Portugal.
O sobrinho do ministro abriu mais duas empresas offshore, exatamente com o mesmo nome, nos Emirados Árabes Unidos: a Plurienergia Limited e a Plurienergia DWC.
Também o próprio ministro João Baptista Borges abriu uma empresa offshore com um dos filhos, estando já em funções no governo angolano, e deu como morada um apartamento em Lisboa, diz a investigação.
A TVI teve acesso a documentos do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação e descobriu o nome do ministro angolano da Energia na constituição de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, quando já estava em funções no governo.