O Presidente da República autorizou, em despacho, a construção do Centro de bioveterinária e produção de vacinas cujos custos roçam os 122 milhões de dólares.
Em Outubro último, o governo russo apresentou a Angola uma proposta para a construção, em Luanda, de um laboratório para a produção de vacinas. Na altura, o embaixador da Rússia no país, Vladimir Tararov, afirmava que a materialização estava “dependente só do desejo e da disponibilidade” do Governo angolano.
Na Cimeira de Paris sobre a economia do continente, Angola quer assumir um papel fundamental na produção de vacinas em África. O governo de Luanda defendeu uma mudança na estratégia de produção dos fármacos para combater a covid-19.
Em entrevista à Euronews, a ministra das Finanças angolana, Vera Daves de Sousa, explicou que “foi lançado o mote para que se reflita em torno de se abrir mão das licenças intelectuais (das vacinas) para que seja possível deslocalizar tecnologia e conhecimento para algumas regiões de África, para assim, com produção local, se conseguir atender melhor a procura”.
Questionada sobre a possibilidade de produzir vacinas no território angolano, a ministra afirmou que é necessário “fazer uma auto-avaliação da nossa capacidade de acolher e das equipas para receber essa passagem de conhecimento. Não descartamos essa possibilidade”.
Cimeira de Paris reuniu dezenas de líderes africanos e europeus, bem como responsáveis de organizações internacionais. O objetivo deste encontro era promover discussões e encontrar soluções para o financiamento das economias africanos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.391.849 mortos no mundo, resultantes de mais de 163,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
África contabiliza 126.447 óbitos e 4.692.520 casos desde o início da pandemia.