O Egito disse este sábado estar a trabalhar para fortalecer o cessar-fogo que mediou entre israelitas e palestinianos, mas avisou que, se o processo de paz não for reiniciado, a violência pode recomeçar.
“A ausência de um real horizonte no processo de paz pode levar à retomada do conflito entre palestinianos e israelitas”, disse o chanceler egípcio Sameh Shukri, durante uma reunião, no Cairo, com seu homólogo cipriota, Nikos Jristodulidis, de acordo com um comunicado citado pela agência de notícias EFE.
Assim, o Egito disse estar a trabalhar “para fortalecer o cessar-fogo”, que entrou em vigor na madrugada de sexta-feira, mas pediu “intensificação dos esforços internacionais para relançar as negociações o mais rápido possível”.
Duas delegações egípcias chegaram a Israel e à Faixa de Gaza na sexta-feira para supervisionar as tréguas.
O Egito, além de um intenso esforço de mediação para alcançar uma trégua no conflito, prometeu 500 milhões de dólares (cerca de 409 milhões de euros) para a reconstrução de Gaza e, na sexta-feira, anunciou o envio de 2.500 toneladas de alimentos, medicamentos, roupas, fraldas e outros bens.
Israel e Gaza cumprem este sábado o segundo dia após o cessar-fogo bilateral iniciado na manhã de sexta-feira, sem que até agora tenham ocorrido incidentes mais violentos.
O balanço dos confrontos saldou-se na morte de 248 palestinianos e 12 israelitas, além de 1.948 feridos no território palestiniano, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, e 357 feridos do lado de Israel, de acordo com o serviço de emergência Magen David Adom.
Milhares de pessoas juntaram-se no centro de Londres para demonstrar a sua solidariedade com o povo palestiniano.
Transportando bandeiras e cartazes a exigir a “liberdade” da Palestina, ativistas reunidos no centro da capital britânica ‘marcharam’ até à área do Hyde Park.
Muitos surgiram embrulhados em bandeiras palestinianas, usando máscaras e rostos pintados e cantando mensagens de protesto, como “Israel é um Estado terrorista” ou “Somos todos palestinianos”.
A iniciativa passou também pela residência oficial do primeiro-ministro, Boris Johnson, em Downing Street, onde os manifestantes contestaram o líder do governo conservador e exigiram “o fim da ocupação israelita” e a denúncia dos “bombardeamentos e assassinatos de mães, pais, irmãos, irmãs e crianças” na Faixa de Gaza.
Também em Paris, França, houve manifestações em solidariedade com o povo palestiniano.