Angola pode ficar sem reservas petrolíferas para para explorar, nos próximos nove anos, se não forem realizados investimentos e se encontrar novas descobertas do crude.
O alerta é do especialista em mercado de petróleo, Patrício Quingongo. Em entrevista neste domingo (13), à RNA revelou igualmente que o país já não tem produção para aguentar 10 anos.
Segundo o especialista, o maior problema está na baixa de produção petrolífera e no baixo nível de reservas fixadas em cinco mil milhões de barris.
“Um país que chegou a produzir quase dois milhões de barris de petróleo, se produzir abaixo de 700 a 600 mil barris não é uma produção sustentável”, esclareceu Patrício Quingongo.
Se a produção, disse, cair abaixo de 600 mil barris as empresas não se vão manter no mercado, uma vez que, no passado já atingiram níveis de até 250 mil barris de petróleo por dia.
Para o também CEO da PetroAngola, a média da produção nacional para este ano revista e anunciada pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, é de 1.1 milhões de barris.
“Se retirarmos os 3% do diferencial a nossa exportação estará acima de 900 ou milhão de barris no limite”, ressaltou Patrício Quingongo.
Apesar de uma possível situação de crise na indústria nacional, o especialista fez saber que o cenário é ainda animador, a julgar pelos preços do crude que estão em alta no mercado internacional.