O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse, esta segunda-feira, em Luanda, que a alienação parcial de participações da Sonangol vai promover uma melhor alocação de capital, maior eficiência do negócio e criação de sinergias de custos.
De acordo com o governante, trata-se de um procedimento comum na indústria, que se enquadra na estratégia de produção e exploração da Sonangol, para o seu reposicionamento como operador petrolífero nacional, em algumas concessões petrolíferas no offshore e onshore angolano.
Diamantino Azevedo falava na abertura do lançamento do processo de desinvestimento de participações da Sonangol, detidos nos blocos 03/05, 4/05, 5/06, 15/06, 18, 23, 27 e 31.
Destacando o potencial geológico das bacias sedimentares angolanas do Baixo Congo e kwanza, onde se inserem as concessões, Diamantino Azevedo augurou que o mesmo se verifique na Bacia do Namibe, que ainda carece de estudos mais aprofundados, que atestem quantidades de crude.
Pela importância do sector petrolífero para o desenvolvimento de Angola, o Executivo implementou uma série de reformas no quadro legal, fiscal e contratual, para a atracção de mais investidores internos e externos, adiantou.
Salientou que tal atractividade é necessária para que os investidores se insiram no sector, com menor burocracia e maior transparência, ajustada a realidade actual, com uma legislação eficaz e moderna.
“A abertura deste processo de alienação parcial dos interesses participativos em algumas concessões petrolíferas da Sonangol emergem de acções, que visam o reposicionamento e sustentabilidade da carteira de investimento da Sonangol, para assumpção da carteira dos seus compromissos financeiros”, confirmou Diamantino Azevedo.
Convidando investidores nacionais e estrangeiros às alienações, Diamantino Azevedo ressaltou a necessidade da obrigatoriedade do cumprimento dos requisitos estabelecidos inerentes aos contratos, compromissos e normas em vigor.
Para a Sonangol, recai a responsabilidade de simplificar os procedimentos do processo e ter uma narrativa agregadora, diante de uma comunicação fluída e activa, sobre todas as actividades previstas.
A Sonangol está focada no aumento da sua quota de produção no mercado nacional, passando de 2 para 10%, até 2027.
Em Angola, no começo de 2000 havia um registo de 29 blocos sob licença em terra e na faixa Atlântica.