A Procuradoria-Geral da República (PGR) decretou hoje a prisão preventiva para um homem, de 40 anos, fazendeiro, acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver na cidade de Moçâmedes, província do Namibe.
Segundo apurou o Novo Jornal, foram constituídos arguidos e com a medida de coacção a prisão preventiva, o proprietário de uma fazenda, detido, e um dos seus funcionários que o ajudou na acção criminal, que se encontra foragido das autoridades.
O arguido foi detido na sexta-feira, dia 11 de Junho, após ser acusado da prática de crime de homicídio qualificado concorrido com ocultação de cadáver, por ter assassinado um homem de 30 anos, conhecido por Daniel, natural de Quipungo, província da Huíla.
Segundo o Ministério Público, o crime terá ocorrido no dia 4 de Junho, na cidade de Moçâmedes, povoação do Giraúl de Baixo, concretamente na fazenda de um cidadão conhecido por Miranda, por, alegadamente, a vítima ter subtraído uma cabeça de gado caprino, propriedade do presumível homicida.
Ao Novo Jornal, o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do Serviço de Investigação Criminal (SIC) geral, superintendente de investigação criminal Manuel Halaiwa, disse que o proprietário da fazenda terá tido a informação de que a vítima roubou o animal na e decidiu fazer justiça com as próprias mãos com a colaboração de um seu funcionário.
“O homem depois de se ter apercebido do sucedido, e na companhia de outro cidadão que se encontra foragido, amarraram a vítima, e, com um pau e uma mangueira, desferiram violentamente vários golpes, colocando-o depois numa cabana”, afirmou Manuel Halaiwa, em declarações ao Novo Jornal.
O responsável adiantou ainda que após ter passado dois dias, depois das agressões, os homicidas aperceberam-se que a vítima estava sem vida.
“Eles (os suspeitos), de forma cautelosa, esperaram o anoitecer e colocaram o corpo num saco, enrolaram num lençol e enterraram-no num buraco de 1,20 m de profundidade, numa área desértica e a uma distância de aproximadamente 300 m da referida fazenda”, conta, sublinhando que após denúncia anónima constatou-se a veracidade dos factos no local e procedeu-se à exumação do corpo.
“Os especialistas da Direcção de Medicina Legal e perícia criminalística realizaram os exames forenses depois da exumação, seguidamente o corpo foi transportado para morgue do Hospital provincial Ngola Kimbanda, onde se continuou o estudo médico forense”, acrescentou.
O corpo foi depois enterrado no cemitério do Calumbiro.