O presidente da Associação dos Amigos e Naturais da Ganda (ANAMUNGA), Rafael Artur, envolvido em recolhas de bens para minimizar o cenário, disse que “a fome é mesmo uma realidade, a maior parte das pessoas, das famílias não tem o que comer”. Mulheres buscam sobras de trigo caídas de camiões.
“Quem não come, hoje, amanhã e depois, fica debilitado, outros problemas graves podem surgir”, acrescentou.
Há também crescente preocupação com a situação no litoral da província, concretamente nos arredores da cidade de Benguela
“Daqui a pouco o povo vai morrer, o Governo não vai mais ficar com as pessoas. A fome e a doença vão matar muito, e não temos emprego, tudo está caro, nunca se viu essa fome”, relatam as cidadãs Ngueve e Teresa, que aguardam por sobras de trigo deixadas na estrada por camiões.
Movimentos de solidariedade, com a Presidência da República incluída, estão a garantir algum apoio a vítimas da fome em vários pontos de Angola.