O Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, onde foi desenvolvida a vacina russa contra a Covid-19 — Sputnik V — está a estudar a eficácia da vacina contra uma nova variante, que o país acredita ter detetado, a variante de Moscovo. A informação foi dada à agência de notícias russa pelo diretor do Gamaleya, Alexander Gintsburg, depois de a Rússia enfrentar um aumento do número de novos casos nos últimos dias, que mais que duplicaram face à semana anterior.
“Pensamos que a vacina será eficaz, mas temos que aguardar os resultados do estudo”, disse Gintsburg à agência de notícias. Ainda assim, há poucas informações sobre o surgimento de novas variantes no país. Denis Logunov, o vice-presidente do Gamaleya, já tinha dito publicamente que o país não podia “excluir a hipótese de haver variantes próprias em Moscovo” e que era necessário “continuar a trabalhar para, caso existam, serem identificadas e fabricadas novas vacinas como acontece com o vírus da gripe”, mas pouco de concreto foi avançado sobre novas variantes.
A vacina usada em 13 países continua, no entanto, a registar alguma resistência dos próprios russos que desconfiam da fórmula. “Temos de estar insatisfeitos com a taxa de vacinação”, reconheceu Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
A confirmar-se a existência da variante, será mais uma a circular no país depois da Rússia já ter detetado casos das variantes indiana, britânica e sul-africana.