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CASA-CE pede “libertação incondicional” de manifestantes detidos em Luanda

O colégio presidencial da coligação CASA-CE, na oposição angolana, condenou hoje os atos de repressão e detenção de manifestantes que protestavam no sábado, em Luanda, lamentando as “duas mortes” que ocorreram e pedindo a “libertação incondicional” dos detidos.

Num comunicado apresentado pelo presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), André Mendes de Carvalho “Miau”, a coligação manifestou “profunda indignação pela repressão policial contra os cidadãos”.

Mais de cem manifestantes, que protestavam no sábado por melhores condições de vida e pela realização das eleições autárquicas, foram detidos sob acusação de crimes de arruaça e dano de bens públicos, estando o julgamento a decorrer esta semana.

Segundo a coligação eleitoral, infelizmente o exercício de um direito fundamental, consagrado na Constituição, que define Angola como um Estado democrático e de direito, acabou manchado pela dispersão violenta dos manifestantes.

“Ação policial que, segundo informações, provocou duas mortes, vários feridos, a detenção de mais de uma centena de manifestantes e de seis jornalistas, que se encontravam em serviço, curiosamente, no exercício de um outro direito fundamental, o direito à informação”, lê-se na nota.

Face aos “tristes acontecimentos”, o colégio presidencial da CASA-CE “lamenta e condena, de forma veemente, as mortes dos jovens ativistas Marcelina Joaquim e Mamã África, este último, executado a tiro, por razões desconhecidas durante a manifestação”.

Para a CASA-CE, que “repudia a violência policial” durante os protestos, os manifestantes estavam “em pleno exercício de um direito fundamental, que só poderia ser restringido na vigência do estado de guerra, de sítio ou de emergência, o que não era o caso”.

Angola vive, desde 26 de Maio, situação de calamidade pública devido à pandemia de covid-19.

Entre as medidas de restrições para conter a propagação da covid-19 as autoridades angolanas limitaram os ajuntamentos na via pública para até cinco pessoas.

O colégio presidencial da CASA-CE instou igualmente às autoridades angolanas para a “libertação incondicional dos cidadãos detidos durante a manifestação, bem como ao respeito e cumprimento escrupuloso da Constituição angolana”.

“O colégio presidencial da CASA-CE, aproveita a presente comunicação, para expressar a sua total solidariedade às vítimas da violência ilegal das forças da ordem e curva-se, sentidamente, à dor das famílias enlutadas, pela dura, fatídica e condenável perda humana”, concluiu a nota.

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