Parece ser estranho acusar a Luisa Damião de arrogância pedir conselho aos jovens, porem a Arrogância esta na crença generalizada que o Estado Socialista instalado em Angola desde 1992 pode funcionar bastando apenas apenas ter as pessoas certas com as ideais certos nos lugares certos.
Porem mesmo admitindo que alguns problemas imediatos possam ser resolvidos com obras (portos, estradas, casas, etc) e mudanças de políticas (subsídios a cesta básica, gratuitidade de tudo e nada, etc) com o uso de alguns bilhões dólares escondidos em bancos Suíços e Árabes, porem o problema essencial de Angola ficara olhando para nos, rindo a medida que caminhamos para o abismo.
O nosso problema e que milhões de pessoas, com desejos infinitos, querem que alguns milhares de pessoas os adivinhem e os atendem, apesar de ser impossível os segundos perceberem os desejos actuais dos primeiros e muito menos prever os futuros … a loucura se resume na formula de Agostinho Neto, “O Mais importante e resolver os problemas do Povo”, e a loucura continua com a pretensão dos candidatos ao poder de que eles conseguiriam resolver o enigma.
Enquanto o topo nao sabe resolver os problemas da base, a base age sem assumir a responsabilidade de seus actos pois “o governo deveria resolver”, criando assim novos problemas sem que o topo saiba.
Por isto tens pessoas que criam o cenário para garantir a pobreza de seus filhos e netos, porem que vivem sem culpa e consciência disto, colocando tudo no bode expiatório Estatal. Parece que em Angola a vida é apenas o que nos acontece por ordem do Governo, e nunca o que fazemos.
Quando alguém promete fazer algo impossível, ele vai fazer uma segunda que seja possível e muitas vezes em beneficio próprio: enriquecer a si e a sua progenitura, pois o enigma socialista e mesmo impossível, pois como diz o proverbio dos Bakongo : Mazi Mabanzu, Mapodi vika nzo ko.
Agua quente não queima a casa … mais certamente vai molhar o chão, ou como foi escrito no livro “Os Erros Fatais do Socialismo – Por que a teoria não funciona na prática” (2017), na introdução, que traz a pergunta “o socialismo foi um erro?”, por F.A .Hayek:
As reivindicações do socialismo não são conclusões morais derivadas das tradições que constituíram a ordem ampliada e tornaram a civilização possível. Antes, elas se empenham em derrubar essas tradições e trocá-las por um sistema moral planejado racionalmente, cuja atração depende do apelo instintivo das consequências que promete.
Elas supõem que, uma vez que as pessoas foram capazes de gerar um sistema de regras coordenando seus esforços, elas devem ser capazes também de elaborar um sistema ainda melhor e mais gratificante. Mas se a espécie humana deve sua existência mesma a uma forma específica de conduta baseada em regras de eficácia comprovada, ela simplesmente não tem a opção de escolher outra apenas em prol da agradabilidade aparente dos seus efeitos imediatos visíveis.
A disputa entre a ordem do mercado e o socialismo não é nada menos que uma questão de sobrevivência. Seguir a moralidade socialista destruiria grande parte da humanidade presente e empobreceria o resto.
Roboredo Garcia