Mais de 150 mil pessoas estão a padecer de fome em sete municípios da província angolana da Huíla como consequência da seca que afecta a região sul. Pelo menos 150 mil pessoas passam fome em sete municípios da província
Os números são avançados pela Igreja Católica na província que diz ter feito um levantamento nas comunidades para já em apenas sete dos 14 municípios no quadro do lançamento de uma campanha solidária de recolha de donativos.
O arcebispo metropolitano do Lubango, dom Gabriel Mbilingi, perante a ausência de números oficiais de pessoas afectadas pela fome, receia que a situação possa ser bem pior.
“As nossas paróquias enviaram para nós listas neste momento de apenas sete municípios, mas faltam outros sete e nós vamos continuar a recolher, porque o nosso projecto como está a ser anunciado agora tem vários níveis a curto prazo, médio prazo e a longo prazo”, afirma Mbilingi.
No Lubango, capital da província, a fome começa a colocar vários grupos em situação de vulnerabilidade, em particular as crianças, para além daqueles que fogem do interior em busca de comida.
O administrador municipal do Lubango, Armando Vieira, reconhece a gravidade da situação.
“Estamos preocupados com o êxodo populacional que a cidade do Lubango está a sofrer. Verificamos hoje muitas crianças na rua pedintes, crianças a exercer actividade de engraxadores, enfim muitos vulneráveis de vária ordem. Temos que aprimorar as políticas de protecção social”.
Gambos, Chibia, Humpata, Quilengues, Quipungo, Cacula, Matala e a capital Lubango estão entre os municípios mais afetados pela fome/seca na província da Huíla.
Na passda quinta-feira, 8, o Presidente angolano esteve na região Sul e recomendou os governadores a trabalharem na mitigação dos efeitos da seca junto das comunidades locais.
João Lourenço assumiu o compromisso na província do Cunene do arranqueda empreitada do canal de irrigação de lavouras que vai criar cintura verde para o aproveitamento da agricultura e pasto.