O assassinato do Presidente, envolto em mistério, está a ser investigado pelas autoridades haitianas, que já detiveram e identificaram vários suspeitos. Dimitri Hérard, chefe de segurança, foi detido.
O chefe da segurança do Palácio Presidencial do Haiti foi detido pela polícia no âmbito da investigação à morte do Presidente haitiano, Jovenel Moïse, assassinado na semana passada por um grupo armado na sua casa particular nos arredores da capital, Porto Príncipe.
O assassinato do Presidente Moïse, envolto em mistério, está a ser investigado pelas autoridades haitianas, que já detiveram e identificaram vários suspeitos. Na semana passada, a polícia anunciou a detenção de dois suspeitos e a morte de outros quatro durante uma intensa troca de tiros entre as autoridades e os mercenários. Na mesma ocasião, foram também libertados três agentes da polícia que haviam sido feitos reféns pelos assassinos.
Esta quarta-feira, a polícia haitiana anunciou a detenção de dois novos suspeitos.
As autoridades continuam a tentar perceber quem orquestrou o homicídio. De acordo com o jornal norte-americano The Washington Post, o chefe da segurança do Palácio Presidencial, Dimitri Hérard, está na mira da polícia. A detenção de Hérard foi confirmada àquele jornal pelo procurador Bed-ford Claude, que confirmou que a justiça haitiana “quer que ele responda a perguntas”.
As fontes ouvidas pelo The Washington Post não confirmaram se Dimitri Hérard é um dos quatro detidos já mencionados pelas comunicações oficiais da polícia ou se é um quinto detido.
“Estamos à procura destes assassinos, e onde quer que eles vão nós precisamos de os capturar, deter e trazê-los à justiça”, avisou o porta-voz da polícia haitiana, Léon Charles, numa conferência de imprensa esta quarta-feira em que sugeriu que um empresário venezuelano que gere uma empresa de segurança na Flórida e tem viajado com frequência para o Haiti poderá estar ligado ao crime. “A investigação está muito avançada.”
Por outro lado, há um antigo senador haitiano em fuga que a polícia considera armado e perigoso — e que também poderá estar ligado ao crime. John Joël Joseph, antigo senador do partido da oposição, comparou recentemente o Presidente haitiano ao coronavírus, dizendo que a governação de Moïse contribuiu para a morte de cidadãos vítimas da pandemia.
A investigação do assassinato do Presidente do Haiti está a ser feita com a ajuda do FBI (dos Estados Unidos) e do governo da Colômbia.