O vice-presidente do Brasil Hamilton Mourão faz face a uma investigação no Brasil por alegadamentr ter feito uso de uma visita oficial a Angola para efectuar representações a favor de entidades privadas. Tentativa falhada de pressionar João Lourenço leva a queixa junto do Ministério Público do Brasil.
Na semana passada, Mourão esteve em Angola para participar na cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e avistou-se com o Presidente João Lourenço a quem pediu que pressionasse o Parlamento angolano a aceitar uma visita de uma delegação do Congresso brasileiro para discutir a questão da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), cujos missionário foram forçados a deixar Angola após uma disputa com a ala angolana da igreja.
A IURD foi mais tarde acusada de fuga aos impostos e de violar leis cambiais.
João Lourenço recusou intervir e agora essa visita está a ser alvo de alguma controvérsia no Brasil
“O deputado federal Ivan Valente, do Partido Socialiso e Liberdade (PSOL), na oposição, entrou agora com uma queixa no Ministério Público Federal contra o vice-presidente”.
Para Ivan Valente, Hamilton Mourão cometeu um acto de improbidade administrativa porque usou recursos públicos para negociar a favor de uma unidade particular, nomeadamnete a IURD.
“Mourão foi a Angola com hospedagem paga pelo Governo brasileiro para defender interesses particulares”, afirmou o deputado do PSOL, fazendo notar as acusações que foram feitas em Angola contra a ala brasileira da igreja
“Mandamos um requerimento para termos acesso a esses gastos e representamos no Ministério Público pelas ilegalidades e crimes praticados nessa viagem”, acrescentou o deputado.