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Angola: Activistas lançam “campanha de divulgação” de direitos humanos em Cabinda

A Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos (ADCDH) iniciou em Cabinda uma campanha de divulgação dos direitos dos cidadãos que, no entanto, em algumas zonas encontrou obstrução por parte das autoridades. Em algumas áreas as autoridades locais tentam impedir as actividades.

Entretanto, o presidente da ADCDH disse à VOA que em alguns bairros os activistas estão a ser impedidos de irem ao encontro da população e acusou a Polícia Nacional (PN)de obstruír a acção dos activistas dos direitos humanos.

“Já começámos a campanha de sensibilização para a cultura dos direitos humanos na comunidade mas, na verdade, estamos a encontrar obstáculos porque alguns indivíduos, polícias e coordenadores dos bairros, estão a criar dificuldades para não nos encontrarmos com a população a fim de lhes transmitirmos aquilo que são os seus direitos que a própria constituição protege”, disse Alexandre Nkuanga Nsito.

A campanha, segundo Kuanga Nsito, visa fundamentalmente educar e informar as pessoas sobre os seus direitos.

“O que se constata aqui em Cabinda é que as pessoas, mesmo tendo alguma razão não conseguem agir, por temerem represálias da polícia”, afirmou o activista, acrescentando que em Cabinda, por causa da situação política ,não se respeitam os direitos humanos e os cidadãos são impedidos de reivindicá-los por receios de represálias.

Para o activista é oportuno que as pessoas conheçam os seus direitos e saibam como defender-se à luz das garantias da Constituição.

“As pessoas não conhecem os seus direitos, por isso é que estamos a transmitir informação de como elas podem defender os seus direitos e que entidades existem para os auxiliar”, explicou Nkuanga Nsito

A campanha começou na capital da província e vai estender-se a todos os municípios do enclave.

 

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