Depois de, em 1999, ter penetrado pela primeira vez no capital social de uma instituição financeira bancária, no caso o Banco Comercial Angolano (BCA), o conhecido empresário António Mosquito passou a ser accionista do Banco Sol e, mais tarde, do Banco Caixa Geral Angola (BCGA). Agora, desde Agosto último, é detentor da totalidade das acções do banco BAI Microfinanças (BMF), fruto do acordo de transmissão da “participação social” até então detida pelo Banco Angolano de Investimentos, indica uma nota do BAI enviada à redacção do Novo Jornal.
Com a entrada de António Mosquito no capital do BMF, o empresário com negócios no sector automóvel, agricultura, construção civil e petróleo passa a ser, de agora em diante, accionista de quatro dos 25 bancos comerciais que operam em Angola.
No BCA, por exemplo, controla (1,82%) das acções, no BCGA detém 12% do capital, enquanto no Banco Sol é detentor de 6,33% do capital social.
Ao Novo Jornal, António Mosquito, que assinou um acordo para a aquisição do BMF, recusou revelar quanto custou a aquisição da totalidade da instituição, tendo apenas avançado que “toda a comunicação sobre o negócio está a ser tratada pelo BAI”. Mas sabe-se, entretanto, que foram accionadas garantias através do Banco Caixa Geral Angola (BCGA), do qual é detentor de 12% das acções.
Já à agência Lusa, o empresário disse que tenciona transformar a entidade num novo banco comercial, pois já dispõe de todas as licenças e cumpre os requisitos para operar em Angola.
“O banco não vai actuar unicamente no microcrédito, vai ser uma entidade comercial normal”, afirmou, sublinhando que pretende criar uma diferenciação no sector bancário angolano, sem avançar mais detalhes.
O BMF iniciou a actividade a 20 de Agosto de 2004, com a designação de NOVO BANCO, administrado sob gestão alemã, mais propriamente pelo Grupo Procredit, e foi o primeiro especializado em microcrédito no País, contando actualmente com 21 agências.