Arrancou nesta quinta-feira, 16, em Luanda, o congresso da FNLA que pretende pôr fim às divisões que têm afectado o partido há vários anos. Vários dirigentes optimistas, mas uma facção está ausente.
Estão na corrida à liderança cinco candidatos, nomeadamente Carlito Roberto, antigo deputado e filho do fundador do partido, Nimi-a-Simbi, antigo deputado e vice-presidente na liderança de Ngola Kabangu, Tristão Ernesto, Fernando Pedro Gomes e Lucas Ngonda, que procura a reeleição.
Ngonda disse à VOA, à margem do congresso, estar bastante satisfeito com a participação da família FNLA, e que sairá deste acto uma verdadeira reconciliação.
“Quem ganhar deve assumir a missão ingrata de unificar o partido”, disse.
Fernando Pedro Gomes, outro candidato, afirmou que a reconciliação verdadeira da FNLA dependerá de quem vier a ser eleito neste congresso.
“Certamente este congresso vai amenizar os ânimos e a reconciliação verdadeira vai depender de quem vier a ser eleito”, garantiu.
Nimi-a-Simbi, antigo deputado e vice-presidente na liderança de Ngola Kabangu, acredita na reconciliação após este acto embora “às vezes são os caprichos de alguns que dificultam”.
Ausente do congresso está o antigo secretário geral de Lucas Ngonda, o recém-eleito presidente de uma facção que realizou um congresso em Agosto, Pedro Dala, que em entrevista à VOA disse não acreditar que este congresso venha a ser o da reconciliação dos “irmãos”.
“Uma coisa é falar da reconciliação, outra coisa é o que vai acontecer depois”, concluiu.
Além da eleição de uma nova direcção, o congresso que partido denominado de “histórido”, vai discurtir as linhas orientadoras para os próximos quatro e lançar bases para o esboço do programa de Governo para as eleições gerais do próximo ano.
A reunião termina no sábado.