Angola: Policia Nacional (PN) “detém” advogado por proferir injúrias contra efectivos

Um advogado foi detido pela Polícia Nacional, no domingo, no município de Cacuaco, em Luanda, depois de proferir injúrias, calunias e promover actos de desacato contra os agentes da ordem pública.

O porta-voz  do comando provincial da corporação, Nestor Goubel, disse nesta segunda-feira à ANGOP que o incidente ocorreu quando uma patrulha realizava a fiscalização da venda desordenada na via pública, em passeios e pedonais ao longo da Estrada Nacional número 100, numa operação coadjuvada por um oficial e o chefe de uma esquadra na zona da Cerâmica.

Segundo o oficial, “os efectivos foram surpreendidos por um cidadão,  de 32 anos, advogado, que ao verificar a autuação da polícia para a manutenção da ordem pública, numa acção de combate a venda desordenada, sentiu-se no direito de importunar o chefe de operações com palavras ameaçadoras”.

Conforme disse, o advogado dirigiu-se aos efectivos com os dizeres “os senhores não sabem que este é o momento próprio de lhes ser retirada a farda, vocês não sabem quem sou eu (…).”

De seguida, de acordo com Nestor Goubel, exibiu um cartão e aos gritos afirmou que havia injustiça nos métodos de manutenção da ordem, bem como no combate a venda desordenada em locais não permitidos, tendo criado um aglomerado de gente.

Acrescentou que o homem continuou a proferir outras palavras de injuria e a incitar a violência, desrespeitando, desautorizando e ordenou que os populares fizessem fotos e filmagens de todos os policiais presentes no local.

Diante a situação foi solicitada o apoio de uma patrulha em serviço no município para conduzir o homem para a esquadra.

As autoridades policiais, de acordo o oficial,  viram que estavam perante um caso de desacato a autoridade e desordem pública protagonizada pelo advogado, ordenando a  sua detenção,  lavrando um auto de notícia, por ser fim-de-semana.

Depois de uma hora, prosseguiu Nestor Goubel, compareceu um outro advogado, titular da Cédula n̊3718, que após apreciação dos factos, reconheceu o envolvimento de seu colega e de forma a amenizar a situação solicitou a restituição da liberdade do cidadão em causa, estando já livre.

 

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