O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano exortou hoje as cooperativas semi-industriais de diamantes a atuarem de forma “sustentável” baseando-se em “princípios técnicos e legais”, admitindo que o combate ao garimpo constitui “desafio das autoridades”
Diamantino de Azevedo, que falava na abertura do segundo encontro sobre a atividade semi-industrial de diamantes em Angola, apontou também o que considerou de “desafios significantes” no domínio da organização das cooperativas do setor.
“Temos desafios significantes do ponto de vista de organização das cooperativas, nomeadamente organização técnica, administrativa, de observância dos princípios técnicos para o desenvolvimento de projetos mineiros”, afirmou o governante.
Segundo o ministro, o combate ao garimpo de diamantes, sobretudo na região leste de Angola onde persiste a atividade, consta também dos desafios das autoridades e parceiros que atuam neste segmento de exploração mineira.
“E também temos desafios por parte dos órgãos do Governo relativamente à mais e melhor apoio às nossas cooperativas. Portanto, a responsabilidade de melhoria da situação é de ambos os atores e só em conjunto poderemos resolver estas questões”, realçou.
O estado atual da atividade de exploração semi-industrial de diamantes e o balanço das atividades do grupo de trabalho para o acompanhamento da conversão jurídica das cooperativas mineiras em sociedades comerciais são alguns dos pontos em análise neste encontro.
A entidade ministerial que tutela a exploração de recursos minerais em Angola propõe no encontro verificar o grau de cumprimento das recomendações do certame anterior visando “traçar outros objetos para a melhoria da atividade das cooperativas do setor”.
“E implementarmos o regulamento para a exploração da atividade semi-industrial de diamantes, que foi aprovado, que, a par de outros instrumentos legais, é o instrumento principal”, sublinhou Diamantino de Azevedo.
Para que, realçou, se possa “ver a atividade industrial a nível da pequena e média escala regulamentada, organizada, mais eficiente e mais sustentável”.
Recordou, na sua intervenção, o impacto da pandemia provocada pelo novo coronavírus no setor, “que tem afetado o alcance de muito os objetivos traçados”, exortando, no entanto, os operadores para a “persistência”.
“Temos que ser persistentes e continuarmos a trabalhar no sentido de vermos as cooperativas a evoluírem para cumprimento do regulamento semi-industrial de exploração de diamantes”, defendeu.
“Porque só isso permitirá que haja mais benefícios para o Estado, para as comunidades, mais respeito para o ambiente e melhor cumprimento da legislação nacional e internacional de exploração sustentável dos recursos mineiras”, notou.
Responsáveis do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, empresas do setor, membros das cooperativas e outros participam no encontro que decorre em Luanda.