O julgamento do major Pedro Lussaty, ligado à Casa de Segurança do Presidente angolano, e mais 20 arguidos acusados dos crimes de peculato, recebimento indevido de capitais e associação criminosa tem início previsto para dezembro, foi hoje noticiado.
A informação foi avançada pela rádio pública angolana, citando fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão que já formalizou a acusação.
A formalização das acusações imputadas aos arguidos do chamado “caso Lussati” foi tornada pública na passada semana pelo porta-voz da PGR, Álvaro João, dando conta que os suspeitos e respetivos advogados já haviam sido notificados da acusação.
Os cidadãos implicados, entre oficiais das Forças Armadas Angolanas (FAA) e civis, estão a ser acusados na prática de crimes de peculato, recebimento indevido de capitais, associação criminosa e branqueamento de capitais.
O major angolano Pedro Lussati, “afeto à Casa de Segurança do Presidente da República de Angola, e tido como o cabecilha do grupo, está detido desde junho passado, depois de ter sido encontrado na posse de milhões de dólares, euros e kwanzas guardados em malas, caixotes e viaturas”.
Foram igualmente apreendidos vários bens móveis e imóveis do oficial militar das FAA indiciado pelos crimes de peculato, retenção de moeda e associação criminosa.
A detenção do major decorreu no âmbito da Operação Caranguejo e concorreu igualmente para a exoneração de vários oficiais ligados à Casa de Segurança do Presidente angolano, arrolados neste processo.
O general Pedro Sebastião, então ministro de Estado de Chefe de Casa de Segurança do Presidente angolano, foi exonerado por João Lourenço, na sequência deste processo, e para o seu lugar foi nomeado o general Francisco Pereira Furtado.