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Em Cabinda: Polícia Nacional (PN) deteve “jovens” que participavam de uma marcha pacífica

Alguns dos detidos já estão em liberdade, mas o coordenador da marcha Alexandre Nkuango Nsito está em lugar incerto e incomunicável. Suspeita-se que o jovem tenha sido torturado pela polícia.

Pelo menos vinte jovens foram detidos pela polícia, neste sábado (11.12), na província angolana de Cabinda, quando se preparavam para iniciar marcha pacífica convocada por ativistas, sociedade civil e alguns membros de partido para comemorar o dia mundial dos Direitos humanos.

Com o lema ”lutemos pelos direitos Humanos no mundo, em particular Cabinda”, e com a palavra de ordem ”não às violações, Stop prisões e detenções arbitrárias, respeito pelas zungueiras e mototaxistas”, os participantes da marcha pretendiam denuncias os atos de violação de direitos humanos na província.

Quando os manifestantes já se preparavam para iniciar a marcha foram surpreendidos pela polícia, conforme contou à DW África, Jeovanny Ventura, vice coordenador da marcha.

“Não entendemos nada. Eu não fui detido porque sai a correr do local até a sede da UNITA onde me escondi e saí de lá, na altura em que a polícia se retirou”, contou Ventura.

Por outro lado Ventura, indica que a acão policial culminou com a detenção de pelo menos vinte jovens, alguns dos quais, mais tarde terão sido colocados em liberdade, exceto o coordenador da marcha Alexandre Nkuango Nsito, que continua em lugar incerto e incomunicável.

Suspeita-se que o jovem tenha sido torturado pela polícia.

Sociedade civil alvo da polícia?

O ativista Pascoal Mative desconfia que polícia recebeu ordens para deter, somente os ativistas dos direitos humanos e alguns membros da sociedade civil, excetuando os membros de certos partidos que também se fizeram presentes na concentração.

“Tudo indica que não queria deter os jovens do partido da UNITA, não sei porque. É complicado esse tipo de situaçã”, lamenta Mative.

A organização da sociedade civil, OMUNGA, que há mais de uma década luta pelo respeito e defesa dos direitos humanos, exorta, vivamente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério do Interior angolano (MININT) para que identifiquem e responsabilizem criminalmente os envolvidos no ato de detenção dos jovens ativistas.

Recentemente, a Secretária do Estado da Justiça Direitos Humanos e Cidadania, Ana Celeste Januário, garantiu que em Cabinda não há registo de casos de violação dos direitos humanos.

 

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