O Fundo do Ambiente angolano vai ser transformado em Fundo da Cultura, Turismo e Ambiente para fomentar a atividade turística, sobretudo o turismo interno, apoiar associações ambientais e artistas em dificuldades sociais, anunciou hoje o ministro do setor.
Segundo o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau, estão em curso trabalhos visando a “reforma do Fundo do Ambiente com vista à sua transformação em Fundo da Cultura, Turismo e Ambiente, bem como a criação de equipas de trabalho visando o estudo sobre a situação social dos artistas”.
“O apoio a associações ambientais, bem como no fomento à atividade turística com primazia para o turismo interno, tendo em conta o contexto atual da pandemia causada pela covid-19, que nos obriga a medidas de biossegurança e distanciamento físico”, afirmou o governante.
Filipe Zau, que falava na cerimónia de cumprimentos de fim de ano do organismo que dirige, exortou também para a necessidade de uma “boa gestão do erário” e dos bens colocados ao serviço do ministério, reorganização e o funcionamento das diferentes áreas.
Com base “nas disposições legais existentes, para se evitar a usurpação de competências e a insubordinação ou atos de indisciplina às normas e procedimentos estabelecidos”, pois “o futuro terá de ser de ‘compliance'”, defendeu.
O ministro angolano recordou, na sua intervenção, as três áreas específicas do seu pelouro, referindo que “caso se crie uma área de interação entre as mesmas”, cultura, turismo e ambiente, “pode-se encontrar uma parte comum, caracterizada pela interdisciplinaridade”.
A parte comum, explicou, criará a identidade que o “ministério procura e que será implementada através de projetos transversais às três áreas”, enquanto “a parte diversificada continuará a tratar de aspetos específicos a cada uma das áreas”.
“Porém, estou em crer que será através dos projetos resultantes da intercessão entre as três áreas que poderá nascer uma parte relevante para a diversificação da nossa economia”, frisou.
A necessidade de se promover e difundir a cultura angolana como um todo, de modo a estimular “as indústrias culturais e criativas”, de se fomentar o turismo interno “e procurar captar investimentos” e de se “apostar fortemente” na educação ambiental foram igualmente defendidos pelo governante.
Filipe Zau, no cargo desde 29 de outubro de 2021, assinalou ainda que a aposta do departamento ministerial deverá, igualmente, incidir no “trabalho continuado, para a melhoria dos indicadores preocupantes relacionados com os níveis e gravidade de crimes ambientais”.