O secretário provincial de Luanda do MPLA não percebe como é que uma greve de taxistas acabou por conduzir a um “ataque” ao comité do MPLA no distrito urbano de Benfica, que hoje foi parcialmente consumido pelo fogo durante os protestos que resultaram da paralisação dos taxistas.
Bento Bento deixou no ar a ideia de que a UNITA pode estar por detrás deste episódio.
“O que é que uma greve de taxistas tem a ver com instalações políticas?” questionou Bento Bento depois de ter visitado o edifício do MPLA incendiado no Benfica, considerando que se tratou de um ataque organizado e preparado com antecipação.
Na sua opinião, a forma como comité foi vandalizado só pode ser resultado de um plano “inteligentemente elaborado”, sem, no entanto, identificar os autores do plano que considera ter sido antecipadamente preparado, deixando no ar uma acusação subliminar à UNITA.
Segundo este dirigente do partido que governa Angola, há já algum tempo que estão a denunciar que há intenções de indivíduos de atacar comités do MPLA.
“E hoje está ai a prova. Ganhar eleições não é vandalizar e atear fogo e destruir instalações”, acrescentou, deixando assim a ideia de que se trata de actos de forças políticas que pretendem ser alternativa ao MPLA no poder, o que encaixa na UNITA, sublinhando que alguns dos indivíduos estavam com indumentária deste partido da oposição.
“A UNITA em de explicar, tem de dizer alguma coisa”, exigiu Bento Bento, em declarações à TPA.
Bento Bento, nestas declarações aos jornalistas, lembrou que, durante a última conferência de imprensa colectiva do Presidente João Lourenço, este apelou à tolerância e o MPLA é um dos protagonistas neste País pela tolerância e pela democracia.
“Temos vindo a apelar aos militantes para pugnarem pela tolerância e fraternidade entre todos os irmãos ligados a diferentes formações políticas”, concluiu.