O Conselho Nacional de Jurisdição da UNITA deliberou, no princípio do mês de Dezembro de 2021, a expulsão dos sete membros do partido envolvidos na acção de impugnação da reunião que convocou o XIII Congresso Ordinário, após acórdão do Tribunal Constitucional de 7 de Outubro, que anulou o acto eleitoral realizado em 2019.
“As deliberações ocorreram nos dias 1 e 4 de Dezembro último, só agora foram tornadas públicas”
O ex-candidato a presidente do partido Estêvão José Pedro Cachiungo, o ex-secretário provincial do partido em Luanda José Eduardo e o militante Altino Jamba Kapango foram também sancionados pelo Conselho Nacional de Jurisdição num outro processo com dois anos de suspensão.
As deliberações, “que ocorreram nos dias 1 e 4 de Dezembro último, só agora foram tornadas públicas através das páginas das redes sociais de alguns militantes da UNITA, foram tomadas pelo facto dos referidos militantes terem estado envolvidos na solicitação de impugnação da reunião de 20 de Outubro de 2021”, que agendou, para os dias 2, 3 e 4 de Dezembro último, o XIII Congresso Ordinário, que reelegeu como presidente do partido Adalberto Costa Júnior, com 96,43% dos votos.
Entre os membros expulsos estão Ilídio Chissanga Eurico, Amaro Cambiete Sebastião Caimana, Sócrates Iava Kabeia, Elisbey Chinjola Bamba Setapi, Manuela dos Prazeres de Kazoto, Ana Filomena Junqueira da Cruz Domingos e Filipe Mendonça, todos eles subscritores do pedido de impugnação da reunião extraordinária de 20 de Outubro.
A Comissão Política da UNITA havia suspenso os militantes pouco menos de 24 horas da realização do XIII Congresso Ordinário, por estes recorrerem ao Tribunal Constitucional, sob argumento de que que a reunião do referido órgão deliberativo havia decorrido num “ambiente de extrema intimidação”, o que, segundo os mesmos, violava os estatutos do partido.