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Angola: Governo promete “eleições livres” e UNITA lamenta que maioria dos cidadãos ainda sofra

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente de Angola exaltou a gesta libertadora dos que desbravaram o caminho para a independência nacional e desafiou as novas gerações a investirem nos estudos, enquanto garantiu as eleições serão justas e transparentes. Executivo e oposição assinalam o 61.º aniversário do início da luta de libertação, a 4 de Fevereiro de 1961.

O país assinala o 61.º aniversário do início da luta de libertação, a 4 de Fevereiro de 1961.

A UNITA, o principal partido da oposição, lamentou que filhos de Angola que continuam a enfrentar todo o tipo de dificuldades.

Ao discursar no acto central em Saurimo, capital da província da Lunda Sul, Francisco Pereira Furtado enfatizou a “bravura, a coragem e determinação dos heróis” e que essa luta permitiu ainda que Angola viva hoje num “momento de paz e de estabilidade”, que lhe permite enfrentar “o desenvolvimento económico, social, cultural e humano”.

Os acontecimentos de 1961, segundo Pereira Furtado, “devem constituir uma verdadeira herança para a actual geração de modo a se consolidar o patriotismo, a unidade nacional, o Estado democrático e de Direito e o bem-estar comum dos angolanos”.

O governante, que representou o Presidente da República no acto, desafiou os jovens a manifestarem a sua expressão de gratidão aos heróis nacionais de devoção à pátria através da “entrega aos estudos, à formação profissional, ao trabalho e ao respeito da lei e das normas morais de boa convivência social”.

Eleições livres

Em termos de desafios, ele reiterou que “o Executivo angolano está empenhado na estabilização da economia e no melhoramento dos índices macroeconómicos” e para que a economia volte a crescer, “precisamos diversificar a nossa economia para que ela não seja dependente do petróleo, precisamos aumentar a produção nacional e diminuir a dependência da importação de produtos”.

Francisco Pereira Furtado abordou as eleições que, segundo ele, acontecem na segunda quinzena de Agosto, e garantiu que “serão organizadas para que sejam livres, justas, transparentes e abrangentes”.

Para o ministro de Estado, apesar do ano eleitoral, “o que nos une de Cabinda ao Cunene e do mar ao leste é superior às pequenas diferenças políticas que nos separam”.

Na sua intervenção, e na qualidade de coordenador da Comissão Interministerial de Prevenção e Combate à Covid-19, Pereira Frutado exortou os cidadãos a aderirem à vacinação.

UNITA diz que angolanos continuam a sofrer

A UNITA, o principal partido da oposição, também saudou “o 4 de Fevereiro por ser um dia importante na nossa história e que seja de reflexão para todos na perspectiva do que cada um, no seu posto, deve fazer para bem servir a nossa pátria”.

Entretanto, no curto comunicado, o secretariado geral do partido liderado por Adalberto Costa Júnior, lamenta, que “os filhos de Angola continuam enfrentando dificuldades de vária ordem”.

“Destas dificuldades, destacam-se o não usufruto cabal dos direitos fundamentais e a não satisfação das necessidades básicas para a larga maioria da população de Angola”, afirma aquele partido que desafia os patriotas a continuarem a luta por um verdadeiro Estado democrático.

“É nossa convicção de que os verdadeiros nacionalistas e patriotas bater-se-ão sempre para a construção de um verdadeiro Estado democrático e de direito que seja capaz de garantir os direitos fundamentais de todo o cidadão a fim de realizar os anseios e sonhos da almejada nação angolana”, conclui a UNITA.

A 4 de Fevereiro de 1961, patriotas angolanos desencadearam um ataque à Cadeia de São Paulo e à Casa de Reclusão, em Luanda, no qual libertaram vários presos políticos.

O evento é apontado como sendo o início da luta armada pela independência nacional.

 

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