O Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria de Angola demarca-se do suposto envolvimento de um oficial do exército na reforma detido sob indícios de falsificação de 50 milhões de dólares (46 milhões de euros).
O órgão ministerial, em nota de esclarecimento a que a Lusa teve hoje acesso, confirma que o suspeito é coronel do exército das Forças Armadas Angolanas (FAA) na condição de reformado desde 2019.
“Refira-se que o mesmo esteve em comissão nacional de serviço, no então Ministério da Defesa Nacional, conforme o passe de serviço que com o mesmo foi encontrado, expirado no mês em que foi reformado”, lê-se na nota.
O Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria “demarca-se de qualquer atividade extra instituição militar que esteja a exercer, cabendo às autoridades afins proceder em conformidade”, assinala o documento.
A detenção do coronel de 62 anos e mais dois outros cidadãos arrolados no processo e os valores falsificados foram tornados públicos na quinta-feira, na província angolana do Huambo.
Segundo o diretor adjunto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) no Huambo, Amílcar Belembe, citado pela imprensa angolana, as notas foram produzidas numa gráfica em Luanda com o propósito de serem introduzidas no mercado.