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Caetano Angola encaixou “24,5 milhões de euros” com a venda de 300 viaturas em 2021

A Caetano Angola, empresa do grupo português Salvador Caetano, faturou 11 mil milhões de kwanzas (24,5 milhões de euros) em 2021 com a venda de cerca de 300 viaturas, disse hoje fonte oficial da empresa.

O administrador-delegado da Caetano Angola, Fernando Leite, disse hoje que o volume global de arrecadação de receitas na empresa compreende também a venda de peças, da sua unidade de venda de máquinas e equipamentos.

Pelo menos 300 viaturas foram comercializadas pela empresa, representante da Ford, Volkswagen, Citroën, Peugeot e Chery, em 2021, um volume que a firma prevê alargar para 500 este ano, esperando igualmente faturar um montante acima dos 11 mil milhões de kwanzas.

A perspetiva do crescimento do volume de negócios decorre de duas novas marcas que estão a ser comercializadas pela empresa, em Angola, nomeadamente a marca chinesa Chery e a Renault Trucks, camiões pesados.

O embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte, visitou hoje a empresa, localizada no município do Talatona, sul de Luanda, e recebeu da direção explicações sobre o grau de funcionamento.

A importação e reparação de viaturas constituem o “core business” da empresa em Angola desde 1990.

Em declarações no final da visita do diplomata português, Fernando Leite referiu que o mercado automóvel angolano, que compreende importadores oficiais, está em queda desde 2014, período em que valia 44.000 unidades.

Segundo o responsável, 2021 foi o primeiro ano da inversão da queda, tendo representado já 3.876 unidades, no quadro da Associação dos Concessionários de Equipamentos de Transporte Rodoviário e Outros (ACETRO).

“Depois há todo um mercado de importadores paralelos que não dominamos e nem sabemos, mas também é um mercado muito grande”, salientou.

Para Fernando Leite, o mercado paralelo de venda de viaturas em Angola constitui uma “concorrência desleal, que muitas vezes prejudica os membros da ACETRO”, por estas não terem estrutura para garantir o pós-venda aos clientes, o fornecimento de peças, “o que torna a viatura mais barata”.

Considerou que “alguns problemas burocráticos” ainda persistem em Angola, sobretudo no desembarque das mercadorias, “que criam embaraços aos clientes que aguardam pelas viaturas, que por vezes não se conseguem entregar com a rapidez desejada”.

O administrador-delegado da Caetano Angola enalteceu a apreciação do kwanza, admitindo que os preços dos seus produtos poderão baixar, “mas não de imediato”, apontando a “falta de financiamento da banca” como principal constrangimento para os clientes.

“O nosso principal constrangimento é o cliente não conseguir financiamento junto da banca para comprar o seu carro, temos clientes que querem muito os nossos carros, mas infelizmente não conseguem esse financiamento”, rematou o responsável.

 

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