Com as eleições angolanas a aproximarem-se, aumentam os pedidos para um debate entre o presidente do MPLA, João Lourenço, e o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, os dois partidos do arco do poder.
O líder do principal partido da oposição já desafiou o Presidente angolano para um debate antes das eleições, mas até agora não há qualquer indício que este tenciona aceitar o desafio.
Na semana passada, a organização “Friends of Angola” escreveu aos dois dirigentes a pedir um debate e o coordenador da organização, Florindo Chivucute, diz que o mesmo pode servir como elemento de consolidação da paz no país.
“Os debates eleitorais, para além de serem espaço chave de divulgação dos programas eleitorais, também ajudam na reconciliação e na paz neste caso em Angola”, diz.
O jurista Lindo Bernardo Tito afirma que o debate entre os principais candidatos é uma necessidade pública para esclarecerem as suas ideias.
“É um imperativo e uma necessidade pública porque é a partir do debate que os candidatos esclarecem as suas posições e as suas ideias”, sustenta.
A mesmo opinião tem o jornalista e politólogo Nélson Francisco, quem entende ser uma oportunidade para que os eleitores conhecerem melhor os seus candidatos, “para que cada um de nós possa medir e compreender quais são os programas quem são os candidatos e que programa trazem para o povo”.
Outro jurista, José Carlos de Almeida, quer um debate para saber mais sobre o pensamento politico de cada líder.
“Queremos ouvir as suas propostas para podermos analisar e no dia exacto podemos votar com consciência”, disse.
Em 2017, a VOA convidou todos os líderes partidários para vários debates antes das eleições, mas todos aceitaram à excepção do presidente do MPLA, João Lourenço.