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Angola: Central fotovoltaica de Caraculo no Namibe “começa a operar” no primeiro trimestre de 2023

A Solenova, ‘joint venture’ das petrolíferas angolana Sonangol e italiana Eni, deverá iniciar a produção de energia solar em Caraculo, província do Namibe, num investimento de 42 milhões de dólares (39,8 milhões de euros), no primeiro trimestre de 2023.

Segundo o presidente do conselho de administração da Solenova, Germano Sacavumbi, que falava em conferência de imprensa, a central deverá ter uma capacidade total de 50 MWp (megawatts-pico), a ser implementada em duas fases, sendo a primeira de 25 MWp.

Sacavumbi disse que a construção da primeira fase já está em curso, com o seu lançamento este mês, prevendo-se a conclusão até final deste ano e o fornecimento de energias renováveis para a região sul do país no primeiro trimestre do próximo ano.

“Temos, no terreno, os trabalhos a serem desenvolvidos e este projeto surge de uma estratégia da Sonangol, que visa a passagem ou a introdução da Sonangol no abraço às energias limpas”, disse Germano Sacavumbi, frisando que o projeto visa diversificar a matriz energética angolana, que tem como fontes a hídrica (60%) e termoelétrica (40%).

O responsável avançou que a energia a ser produzida será injetada na rede de transmissão sul, com uma linha de transmissão que passa a escassos metros da localização onde será desenvolvido o projeto, “energia que será toda adquirida ou entregue à Rede Nacional de Transporte de Energia”.

Germano Sacavumbi frisou que Angola tem ainda algum défice de energia e este projeto vai melhorar as condições de vida das populações e alavancar o ambiente de negócios, com a criação de condições energéticas, com destaque para as províncias do Namibe e Huíla.

“Um dos maiores constrangimentos que as empresas têm tido em investir tem sido a limitação de energia, esse projeto vem dar maior subsídio e confiança aos investidores”, realçou.

Relativamente ao impacto ambiental, Germano Sacavumbi salientou que, quer para a Sonangol como para o país, “o projeto vai ajudar na redução do consumo de gasóleo para as centrais térmicas, sublinhando que a região do Namibe é sustentada maioritariamente por centrais térmicas para o fornecimento de energia, assim como a emissão de gases com efeito de estufa”.

Com um investimento de cerca de 42 milhões de dólares e a criação de 350 postos de trabalho, na fase de construção, o projeto terá um período de vida útil de 25 anos, perspetivando-se um retorno de investimento nos próximos 10 anos.

Quando arrancar o funcionamento da central, prosseguiu, espera-se uma poupança de cerca de 28 milhões de dólares (26,5 milhões de euros) na substituição das energias renováveis pelo gasóleo que alimenta as centrais térmicas, na primeira fase da central fotovoltaica de Caraculo.

Germano Sacavumbi disse que a operação e manutenção dos meios está assegurada neste projeto, destacando que “não é nada complexo”.

“Estamos a falar de painéis solares, tecnologia simples e que o seu manuseio não é tão complicado. Isso não constitui um constrangimento”, garantiu o responsável, frisando que a origem da tecnologia é da China e Europa.

Em Angola, cerca de 40% da população ainda não beneficia de energia elétrica, sobretudo a das zonas rurais, sublinhou Germano Sacavumbi, destacando que a coabitação entre as duas fontes de energia ainda vai perdurar por um tempo.

 

 

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