Angola e Brasil defendem “investimento privado” para fomentar “parceria económica” e as trocas bilaterais dos dois países

Os Ministros das Relações Exteriores de Angola e do Brasil defenderam hoje, em Luanda, num seminário com empresários, que as empresas privadas devem balizar o desenvolvimento económico e as trocas bilaterais dos dois países.

“Devemos seguir esse caminho que nos leva à maior liberdade económica, com maior estímulo à participação de atores privados nacionais e estrangeiros em nossas economias”, afirmou Carlos França, ministro das Relações Exteriores do Brasil, citando mudanças nas cadeias globais de produção.

“Assim seremos mais prósperos e seguiremos no caminho do desenvolvimento que nossas nações e nossos povos merecem”, acrescentou.

O governante brasileiro falava no seminário “Parceria económica Brasil – Angola: Soluções de financiamento”, em Luanda.

“No que diz respeito ao financiamento do comercio bilateral, entendo que mudanças bastantes significativas ocorreram nos últimos anos, no Brasil e em Angola. Tais mudanças representam desafios aos quais o setor privado deve buscar soluções inovadoras”, advogou.

O encontro em Luanda também contou com a participação de Téte António, ministro das Relações Exteriores de Angola, que apontou ações para tornar o setor privado mais inclusivo no processo económico e nas trocas bilaterais com o Brasil.

O chefe da diplomacia angolana disse que a concretização do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), firmado entre Angola e Brasil, vai ao encontro do desejo de criar oportunidades para o setor privado, facilitando investimento em áreas estratégicas como agronegócio, indústria transformadora e turismo.

“É neste contexto de modernização da estrutura para a realização de negócios em Angola, embora algumas empresas e investidores brasileiros presentes neste fórum já estejam a operar no mercado angolano, encorajamos e convidamos a encarar as oportunidades de investimentos que o nosso país oferece em vários domínios”, afirmou Téte António.

“Também, aos empresários angolanos, encorajo a investir e aproveitar esta excelente oportunidade para estabelecer parcerias, com vantagens recíprocas nesse mundo competitivo de negócios, o que permitirá o aumento do volume de trocas comerciais entre os dois países”, concluiu.

No encontro participaram representantes de instituições como o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), e da banca empresarial, entre outras.

Carlos França deslocou-se a Luanda acompanhado de uma delegação que integra empresários, o diretor-geral da Agência Brasileira de Cooperação e quatro parlamentares.

O ministro brasileiro participou da 3.ª reunião da Comissão Bilateral de Alto Nível (CBAN) Brasil-Angola e também participa na XXVII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na sexta-feira.

 

 

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